O Bem Viver, programa do Brasil de Fato, continua celebrando o mês de luta das mulheres. Esta edição traz uma entrevista exclusiva com Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, que fala sobre o avanço da participação e representação de mulheres ocupando cargos estratégicos dentro do governo federal, Congresso Nacional e também nas suas organizações.
"Temos hoje uma articulação nacional forte das mulheres indígenas que tem trabalhado estratégias para fortalecer candidaturas de mulheres. Mas é uma realidade que está crescendo em muitos povos. Eu estou aqui, do povo Guajajara, como ministra; a Joenia, do povo Wapichana, na presidência da Funai; a Célia Xakriabá, lá de Minas Gerais, parlamentar eleita; a Juliana Terena, de São Paulo, também eleita deputada federal; e temos tantas outras mulheres que hoje também estão ocupando as secretarias estaduais de povos indígenas. Temos a Puyr Tembé no Pará; Juliana Jenipapo no Ceará; a Patrícia Pataxó na Bahia", afirma.
Em fevereiro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que os partidos políticos são obrigados a destinar uma cota de recursos financeiros e tempo de rádio e TV para candidaturas indígenas. A decisão veio depois de uma consulta apresentada pela deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) e ainda está sob avaliação se irá funcionar nas eleições municipais de 2024, mas já representa um avanço para as candidaturas indígenas.
"Tem uma diversidade de povos nos quais as mulheres estão conseguindo ultrapassar essa barreira do machismo, dessa cultura do machismo em que muitos povos ainda adotam a não participação das mulheres como cultura. A gente tem conseguido superar essa barreira. Muitas mulheres olham pra nós, falam isso pra gente: que se inspiram, que se motivam também a seguir esse caminho, para além da aldeia. Nós consideramos que as mulheres estão avançando, no geral, no mundo inteiro com um protagonismo importante, e nós mulheres indígenas também estamos nos articulando para ocupar cada vez mais outros espaços", pontua Guajajara.
A ministra comentou também sobre a situação das demarcações de terras indígenas. Ela reconheceu que Ministério dos Povos Indígenas (MPI) ainda não definiu quais e quantas terras indígenas serão demarcadas em 2024. Mas atribuiu a falta de decisões concretas ao Congresso Nacional que, nas palavras da ministra, "atua todos os dias para impedir novas demarcações, para impedir as desintrusões que nós estamos fazendo".
Confira a entrevista no programa.
E tem mais...
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No Rio de Janeiro, conheça o Quilombo Camorim que é símbolo de agroecologia e resistência contra especulação imobiliária.
O Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) dá um salve no programa sobre a jornada de lutas deste mês de março.
E tem mais uma receita maravilhosa com a Gema Soto, é a batata gratinada com cogumelo!
Quando e onde assistir?
No YouTube do Brasil de Fato todo sábado às 13h30, tem programa inédito. Basta clicar aqui.
Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC.
Na TV Brasil (EBC), segunda-feira às 6h30.
Na TVCom Maceió: sábado às 10h30, com reprise domingo às 10h, no canal 12 da NET.
Na TV Floripa: sábado às 13h30, reprises ao longo da programação, no canal 12 da NET.
Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h, no canal 40 UHF digital.
Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital.
Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30, em Brasília no Canal 15 da NET.
TV UFMA Maranhão: quinta-feira às 10h40, no canal aberto 16.1, Sky 316, TVN 16 e Claro 17.
Sintonize
No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.
O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.
Edição: Marina Duarte de Souza