O livro Desaparecimento Forçado: Vidas Interrompidas na Baixada Fluminense apresenta o resultado da pesquisa sobre esse tipo de violência fruto da parceria entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), através do grupo de pesquisa Observatório Fluminense e o movimento Fórum Grita Baixada.
A prática de fazer desaparecer envolve execuções sumárias, ocultação de cadáver e cemitérios clandestinos, principalmente na Baixada Fluminense. O lançamento da publicação acontece na próxima terça-feira (26), no Auditório Paulo Freire do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFRRJ, às 18h.
O levantamento é uma iniciativa inédita sobre o tema no estado. Há uma análise dos dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) sobre desaparecidos e do Disque Denúncia (100), entre 2016 e 2020, na Baixada Fluminense. O desaparecimento forçado não é um crime tipificado, logo não há estatísticas relativas a essa ocorrência no país.
De acordo com o relatório parcial da pesquisa, a Baixada registrou 361 denúncias de desaparecimentos forçados de 2016 a 2020, cerca de 46% do total de casos. Na cidade do Rio, que tem quase o dobro da população, o quantitativo foi de 417 no mesmo período.
No livro são apresentados os principais aspectos e tratados internacionais que deram o tom ao tema dos desaparecimentos, principalmente na América Latina, onde se encontra o Brasil e outros países marcados pela violenta herança de regimes ditatoriais até os dias atuais.
O livro também relata o trabalho do grupo de pesquisa junto a mães e familiares de vítimas da violência de Estado, trazendo seus processos de superação que incluem a criação de grupos e coletivos de apoio, além de técnicas de reparação psíquica como a arteterapia.
Serviço
Lançamento do livro Desaparecimento Forçado: Vidas Interrompidas na Baixada Fluminense
Dia 26 de março (terça-feira)
18h - UFRRJ (Campus Seropédica)
Auditório Paulo Freire do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS)
Dia 05 de Abril (sexta-feira)
17h - Livraria Folha Seca (Rua do Ouvidor, nº 37 - Centro do Rio)
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Clívia Mesquita