O presidente russo, Vladimir Putin, em pronunciamento à nação na manhã deste sábado (23), classificou o atentado no Crocus City Hall como "um ataque terrorista sangrento e bárbaro", observando que dezenas de pessoas inocentes foram vítimas do ataque.
Ele agradeceu às equipes de ambulância, bombeiros e equipes de resgate.
"Não posso ignorar a ajuda dos cidadãos comuns que, juntamente com médicos e socorristas, prestaram os primeiros socorros e levaram os feridos ao hospital", disse Putin.
Homens armados abriram fogo na sala de concertos Crocus City Hll, na cidade de Krasnogorsk, localizada no arredores de Moscou, na noite da última sexta-feira (22). Trata-se do maior atentado terrorista na Rússia em mais de 20 anos. De acordo com as últimas informações, 133 pessoas morreram. O governador da região de Moscou, Andrei Vorobyov, alertou que o número de mortos ainda pode aumentar significativamente.
Segundo o Itamaraty, não há cidadãos brasileiros entre as vítimas.
O presidente russo expressou condolências aos familiares e amigos das vítimas do ataque. Em particular, ele declarou que 24 de março, neste domingo, será "um dia de luto nacional".
Ao comentar a detenção dos suspeitos de realizar o atentado, o presidente russo disse que, de acordo com a investigação em curso, "uma janela foi preparada" para que os suspeitos do ataque terrorista cruzem a fronteira com a Ucrânia.
"Quanto à investigação, podemos dizer o seguinte: todos os quatro perpetradores foram encontrados e detidos. Tentaram esconder-se e dirigiram-se para a Ucrânia, onde, anteriormente, tinha sido preparada uma janela para atravessarem a fronteira", declarou.
"Estamos confrontados com mais do que apenas um ataque terrorista cinicamente planejado, mas com um preparado assassinato em massa de pessoas indefesas. Os criminosos estavam lá para matar. Tal como os nazis fizeram uma vez, planejaram encenar uma execução demonstrativa", acrescentou Putin.
As autoridades ucranianas, por sua vez, negaram categoricamente qualquer ligação com o atentado terrorista.
Veículos internacionais, como a agência Reuters e o jornal The New York Times, divulgaram que o Estado Islâmico teria reivindicado o atentado, citando informações de inteligência sobre os preparativos para o ataque. No entanto, as autoridades russas não mencionaram em nenhum momento a possível conexão do grupo com a ação em Moscou. As investigações ainda estão em andamento e não há uma versão oficial do Comitê de Investigação da Rússia sobre a autoria do atentado.
*Texto atualizado às 10h25 para atualização do número de vítimas.
Edição: Geisa Marques