A prisão de três suspeitos de serem os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Torres no último domingo (24) repercutiu em veículos da imprensa de todo o mundo.
O jornal britânico The Guardian destacou que a pergunta "Quem mandou matar Marielle?" vinha sendo repetida constantemente pela esquerda em protestos e redes sociais, "mas por anos, permanceu sem resposta".
"A eleição do presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, deu nova vida à busca aparentemente estagnada para capturar os assassinos de Franco", disse a reportagem do jornal.
"Lula prometeu lutar 'incansavelmente' para levar os autores intelectuais à justiça e, num movimento altamente simbólico, nomeou a irmã mais nova de Franco, Anielle Franco, sua ministra para a igualdade racial."
Já o argentino Página 12 destacou que a Polícia Federal brasileira prendeu o "deputado direitista" Chiquinho Brandão (ex-União Brasil -RJ), além de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil fluminense.
"Seis anos e dez dias depois do assassinato político mais ressonante da última década, perpetrado por integrantes daquelas 'milícias' historicamente ligadas a Jair Bolsonaro, agentes da Polícia Federal (PF) prenderam neste domingo o deputado federal do grupo de direita União Brasil, Chiquinho Brazão, o vereador aposentado, Rivaldo Barbosa, e Domingos Brazão, membro do Tribunal de Contas do Rio."
O estadunidense Washington Post disse que o crime ocorreu já há muito tempo e, "agora, seis anos depois, a polícia está começando a responder o que aconteceu".
"As prisões mergulharam o Brasil em outro acerto de contas nacional sobre corrupção e impunidade, enquanto comentaristas inundavam as redes sociais com reações às prisões e políticos de esquerda aplaudiam a operação."
A TV Al Jazeera escreveu que Marielle Franco era "uma estrela ascendente no PSOL e uma crítica contumaz dos assassinatos cometidos pela polícia de moradores pobres do Rio de Janeiro".
A emissora catari disse ainda que os investigadores acreditam que o crime foi "um assassinato político, cometido por matadores de aluguel".
Edição: Leandro Melito