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53 anos

Artigo | Ceilândia: toda flor tem seu espinho

"Quem não se conforma com o que vê tem a sensação dos espinhos do pequi na boca." 

30.mar.2024 às 12h58
Brasília (DF)
Cláudia Maciel

"Ao entrar em Ceilândia, surge um universo. Riqueza cultural, culinária e vida pulsante." - Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Em março finaliza a temporada do pequi e também comemoramos o aniversário de Ceilândia. Embora o pequi seja um símbolo da culinária goiana, Ceilândia abraçou com força a tradição do consumo alimentício deste fruto cerratense.

Tem um cheiro delicioso para quem gosta e traduz bem o gosto da Região Administrativa mais populosa do DF: um gostoso sabor, mas espinhoso por dentro. 

O fruto inicia-se com uma linda flor e dali vão surgindo cascas verdes parecidas com as do abacate. Ao abrir surgem os frutos amarelos que dali vão direto para o consumo. Similar a Ceilândia, que inicia com as pessoas mais importantes para a existência da capital do país. Pessoas que plantaram e fizeram florir o lugar que abriga as decisões que gerem uma nação. Hélio Prates, um dos governadores de Brasília, talvez ainda usasse uma casca verde quando decidiu remover essas pessoas, entendendo que teriam que estar afastadas do Centro.

Mas Ceilândia se tornou o centro! 

Ao entrar em Ceilândia, surge um universo. Riqueza cultural, culinária e vida pulsante. Mas não somente isso, é uma das RAs mais importantes economicamente do DF. 

Voltando ao pequi, como consumi-lo? 

Há quem se arrisque e coma cru com farinha. Outros preferem cozido, combina com arroz, frango, quiabo, lagarto, galinha caipira. O bom mesmo é comer o pequi. 

Já quando o assunto é Ceilândia, tudo é muito parecido. Há quem se arrisque nas artes, outros preferem comércios. Ceilândia é a extensão do Nordeste, mas combina com todo aquele que se sente pertencente. O bom mesmo é viver a Ceilândia. 

O pequi chega às mesas de todas as classes. Uma das poucas iguarias que são acessíveis. Chega para o imigrante, para o vegetariano, carnívoro, pobre e também para o rico. No entanto, por dentro desta gostosa bolinha amarela tem muitos espinhos capazes de tornar um imenso prazer na maior e incompleta infelicidade.

Assim também é Ceilândia. Por dentro dessa cidade de riquezas e pessoas de todas as classes, há violência policial, racismo ambiental e transporte precário capazes de tornar tamanha virtude em sérios problemas sociais. 

Ainda com espinhos é aprazível saborear o gosto do pequi e também é deleitoso ir à Ceilândia. Conhecer um dos maiores pólos de Hip-Hop do Brasil, uma das periferias mais famosas pela sua história e tudo isso com o gosto do Cerrado.


Feira é marco cultural e da culinária de Ceilândia / Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Quanta comida boa tem na Feira da Ceilândia. Local que poderia contar a história de cada ceilandense que ali passou. Muita história sobre a construção da Capital do país, afinal os construtores e suas famílias foram erradicados para lá. Quem melhor para resenhar Brasília? 

Vários artistas homenageiam a história da Ceilândia, e esta que aqui cito em específico, é da música 'A Feira da Ceilândia' de autoria de Ellen Oléria: “a Feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar: peixe, sapato, retrato, colar para te enfeitar. E o cinto da moda…”

E eu completo: “E o cinto da moda… E pequi com abóbora…”

Mas não vá pensando que é só do fruto amarelo que vivem os ceilandenses. Muitos sabores os compõem, mas dissabores também. Infelizmente tem aqueles que nem possuem o que comer. Ceilândia nem sempre é um sonho amarelo. Por vezes, se revela com ausência de cor. Quem não se conforma com o que vê tem a sensação dos espinhos do pequi na boca. 

Mas a resistência continua. Toda flor tem seu espinho. Se não conhece, não deixe de degustar o pequi. Se não conhece, não deixe de conhecer Ceilândia.

*Cláudia Maciel é jornalista e produtora cultural

** Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato – DF.

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Editado por: Flavia Quirino
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