O México apresentou nesta quinta-feira (11) um pedido à Corte Internacional de Haia para que o Equador seja suspenso como integrante da ONU e que seja iniciado seu processo de expulsão pela invasão da embaixada mexicana em Quito na última sexta-feira (5) para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas.
O presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, apresentou nesta quinta-feira (11), o documento encaminhado à Corte Internacional. Obrador pede que o Equador seja declarado responsável pelo dano que causou ao México e que, caso seja confirmada a violação dos princípios da carta das Nações Unidas, a Corte dê início ao processo de sua expulsão, além de estabelecer o precedente de que Estados com procedência similar sejam expulsos da Organização.
"Dentro do amparo da ordem jurídica internacional e fazendo uso da lei, decidimos, seguindo instruções do presidente, responsabilizar o Equador pela flagrante transgressão da inviolabilidade da nossa embaixada, bem como pelos ataques físicos perpetrados contra nossos diplomatas, contra a sua integridade física e moral", disse a chanceler mexicana Alicia Bárcena, que apresentou no Palácio Nacional o pedido do país enviado à Corte de Haia.
OEA condena invasão da embaixada
A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou na quarta-feira (10) uma resolução que condena a invasão à embaixada mexicana no Equador. Com 29 votos a favor, um único voto contra do próprio Equador, e dois países ausentes, o Conselho Permanente a OEA aprovou a resolução "Invasão da Polícia Equatoriana na Embaixada do México em violação da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, e a Instituição do Asilo Diplomático".
A resolução determinou "condenar energicamente os atos de violência exercidos contra a integridade física e a dignidade do pessoal diplomático da missão", commo o chefe da embaixada, Roberto Canseco que aparece nas imagens da invasão sendo agredido por policiais equatorianos.
Edição: Matheus Alves de Almeida