O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve realizar neste domingo (14) uma reunião emergencial para tratar da hostilidade entre Israel e Irã. O encontro foi solicitado por Israel após ser alvo de um ataque do Irã, no sábado (13). O ataque foi uma reação do Irã ao bombardeio de Israel a um consulado iraniano na Síria, no dia 1º.
O ataque israelense causou sete mortes, incluindo a de dois generais iranianos. O Irã respondeu enviando cerca de 300 mísseis e drones a Israel –sendo que ao menos parte deles foi interceptada pela defesa israelense.
Após o ataque de retaliação, o Irã informou que sua operação foi concluída. Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, disse que o país segue em alerta máximo. Alertou Israel para que não responda ao ataque e avisou aos Estados Unidos para que ele se mantenha fora do conflito.
“Se o regime sionista responder, a próxima operação será muito maior”, disse Bagheri, em entrevista à TV estatal iraniana neste domingo (14)
Também no domingo (14), o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que o confronto entre Israel e Irã "ainda não acabou". Lembrou do auxílio dos EUA para defender o território israelense do ataque iraniano.
“Juntamente com os Estados Unidos e outros parceiros, conseguimos defender o território do Estado de Israel. Muito poucos danos foram causados”, afirmou.
O presidente dos EUA, Joe Biden, falou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, após o ataque do Irã, o qual ele condenou.
Biden disse que convocaria líderes de países do G7 para discutir a situação entre os dois países. Compõem o G7, além dos EUA, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Em mensagem neste domingo, o Papa Francisco pediu medidas contra uma eventual “espiral de violência” no Oriente Médio. “Faço um apelo sincero para a suspensão de qualquer ação que possa alimentar uma espiral de violência com o risco de arrastar o Oriente Médio para um conflito ainda maior”, disse.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil informou, ainda no sábado, que “acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria”.
“O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”, acrescentou o órgão, recomendando que brasileiros evitem viajar à região.
Edição: Vivian Virissimo