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Expectativa para o Acampamento Terra Livre 2024 é 'gigantesca', diz ativista indígena

Programa Central do Brasil dessa sexta (19) entrevistou Dinamam Tuxá, advogado e coordenador executivo da Apib

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Acampamento Terra Livre 2024 acontece entre os dias 22 e 26 de abril, em Brasília - Instituto Sócioambiental (ISA)

O presidente Lula homologou duas novas terras indígenas nesta quinta-feira (18). Uma delas foi em Aldeia Velha, na Bahia, e a outra em Cacique Fontoura, no Mato Grosso. O anúncio e assinatura das homologações foram feitos durante a participação de Lula na reunião de reabertura do Conselho Nacional de Política Indigenista, na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Com as duas novas terras homologadas, já são 10 terras demarcadas, no total, pelo terceiro mandato de Lula. No entanto, a expectativa dos povos indígenas era pela homologação de outros quatro territórios.

Sobre isso, o presidente afirmou que os decretos estão prontos, mas pediu tempo para negociar a retirada de fazendeiros e camponeses que atualmente ocupam as áreas.

A homologação das novas terras aconteceu na véspera do Dia dos Povos Indígenas, comemorado nesta sexta-feira, 19 de abril. 

Em entrevista ao programa Central do Brasil, Dinamam Tuxá, advogado e coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, a Apib, afirmou que a homologação das terras é motivo de comemoração, mas que ainda é preciso avançar.

"Nesse momento, ter mais duas terras homologadas é sinal de que nossa luta tem gerado resultados. Porém, nós achávamos que seriam seis [terras homologadas]. Então, de certa forma, a nossa felicidade se mistura com um pouco de frustração, tendo em vista que terras indígenas como Morro do Cavalo, Xukuru-Kariri, Toldo Imbu e Monte-Mor estão aptas a serem homologadas. Vamos seguir lutando para que não só essas, mas outras terras indígenas sejam homologadas e demarcadas o mais rápido possível esse ano", explica.

Tuxá também comentou sobre a expectativa para o Acampamento Terra Livre 2024, que acontece entre os dias 22 e 26 de abril, em Brasília. Ele acredita que será um momento importante para evidenciar a pauta indígena a nível nacional e internacional.

"A nossa expectativa para esse acampamento está gigantesca, tendo em vista não só os 20 anos, mas também toda a política indigenista que hoje está em curso no Brasil, e as principais ameaças tanto do Judiciário quanto do Legislativo. Esse vigésimo Terra Livre vai continuar sendo um acampamento de muita luta e resistência", afirma.

O ATL de 2024 tem como tema "Nosso Marco é Ancestral: Sempre estivemos aqui!", comemorando o 20º aniversário da maior mobilização indígena do Brasil.

A entrevista completa está disponível na edição desta sexta-feira (19) do Central do Brasil, que pode ser acessada no canal do Brasil de Fato no YouTube

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Edição: Nicolau Soares