Cerca de 100 famílias ocuparam, na madrugada desta sexta-feira (19), parte de uma área da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que soma em 500 hectares na cidade de Patos, sertão da Paraíba.
"Considerada "a capital do sertão", ou seja, umas mais importantes para a economia do estado, do outro lado, as pessoas convivem com a fome e muita miserabilidade em alguns bairros e no campo", afirma em nova o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), responsável pela ocupação.
A área pública com uma vasta imensidão de terra sem utilização escolhida para a construção do acampamento tem como objetivo reivindicar ao Estado a vistoria de terras improdutivas que não cumprem sua função social na região.
A ação faz parte do Abril Vermelho, mês no qual o MST relembra os 28 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996. Naquele ano, no dia 17 de abril, 19 trabalhadores sem terra foram mortos em uma ação da Polícia Militar, no município localizado no sudeste do Pará. Outras 79 pessoas ficaram feridas, duas das quais acabaram morrendo no hospital.
"O MST relembra a função social da terra como um direito estabelecido pela Constituição Federal de 1988. A partir dessa definição, a terra precisa ser produtiva, não deve degradar o meio ambiente e muito menos utilizar trabalho escravo", segue a nota do movimento.
A jornada do MST, neste mês simbólico pelo direito à terra, tem o lema "Ocupar Para o Brasil Alimentar" e reafirma a luta por Reforma Agrária Popular.
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Fonte: BdF Paraíba
Edição: Carolina Ferreira