Moradores da rua Olga Araújo Espíndola, ameaçados de despejo forçado, realizaram nova assembleia ontem (domingo, 28), em caráter emergencial, para pensar ações que chamem a atenção da sociedade para a mediação e negociação.
São oito famílias que não conseguiram arcar com as prestações cobradas pela associação de moradores.
Neste sentido, a própria associação de moradores, que media a negociação com a massa falida da empresa proprietária, é autora no pedido de reintegração de posse dessas famílias.
A pauta principal, diante dos riscos, de um processo que chega na sua fase final, é a necessidade de "mediação já", ou seja, que a Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná faça a mediação da situação para negociação entre as partes e com os órgãos públicos. Juridicamente, a Defensoria Pública do Estado tem acompanhado o caso.
Em assembleia, que contou com a participação de vizinhos solidários, outras comunidades e entidades – caso da vila Ebenezer -, as famílias ameaçadas definiram:
– Convocar uma coletiva de imprensa no local;
– O mandato da vereadora Giorgia Prates (Mandata Preta – PT) deve construir uma proposta de audiência na Câmara de Vereadores com as partes e entidades;
– Produção de materiais apelando para a prefeitura de Rafael Greca e Eduardo Pimentel, bem como ao governador Ratinho Jr a mediarem a situação das famílias.
Organizações do Despejo Zero devem estar alertas para apoio em caso de despejo.
As famílias, durante a reunião, expressaram cansaço com a falta de respostas e insegurança dos últimos dias.
Famílias exigem "mediação já" aproveitando o fato de que a Comissão de Conflitos Fundiários apontou chance de negociação / Pedro Carrano