Com o tema “Por um Brasil mais Justo”, a marcha dos trabalhadores, que ocorreu na manhã desse 1º de Maio, em Fortaleza, percorreu as principais ruas do Itaperi e da Serrinha conversando com os moradores sobre as pautas mais urgentes da classe trabalhadora. A ação seguiu até a Praça da Cruz Grande, onde a atividade de rua foi encerrada com falas políticas e apresentações artísticas e musicais.
O professor da Rede Estadual do Ceará, Fabiano Sousa, esteve presente no ato e afirma que “o 1º de Maio é um dia histórico da classe trabalhadora, então, mais do que nunca, é importante a classe trabalhadora reunida lutando contra qualquer retrocesso de direito que não venha agora de governo federal, mas, por exemplo, do Congresso, com a reforma administrativa. É dia de luta porque os professores não só daqui do Ceará, mas também a nível federal, por todo o Brasil, estão lutando por melhores salários e por melhores condições de vida. Então esse é o momento mais propício para que a classe trabalhadora demonstre que está em luta, e o melhor momento é o primeiro de maio”.
O deputado estadual, Missias do MST (PT) também marcou presença no ato e afirmou que o 1º de Maio é dia de reafirmar a luta da classe trabalhadora por direitos. “Nós viemos aqui hoje para reafirma que resta para todos nós mantermos a nossa luta, a nossa resistência e a unidade da classe trabalhadora para que a gente possa conquistar muitos direitos e lutar contra o retrocesso e, acima de tudo, contra os bolsonaristas que querem tirar os nossos direitos, inclusive, o direito à democracia”.
“O nosso 1º de maio, que aconteceu aqui em Fortaleza, foi muito satisfatório. Um abraço que a comunidade deu ao nosso 1º de Maio. Recebemos movimentos populares, o movimento sindical, as centrais sindicais e compreenderam a necessidade da revogação das reformas do último governo que retiram direitos. É importante dizer que também colocamos a mensagem para sensibilizar o governador Elmamo e o presidente Lula para negociar com os servidores que é tão importante. E, por fim, dizer que nós não abrimos mão da valorização do salário mínimo que é tão importante nesse país, porque beneficia muita gente”, informa o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira.
Wil Pereira afirma que o ato foi encerrado com a sensação de dever cumprido, com uma sensação de muita gratidão por aqueles que se deslocaram de outros bairros para a Serrinha para participar da ação. “Muito obrigado aos movimentos populares, centrais sindicais, os sindicatos e federações ligados a nossa Central Única dos Trabalhadores. Obrigado Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo. Estamos juntos companheirada”.
Serrinha
De acordo com Rogério Babau, da coordenação do Movimento Brasil Popular, integrante da Cozinha Popular da Serrinha e um dos organizadores do ato do 1º de Maio, o local escolhido para a realização do ato é um bairro centenário, um bairro histórico, um bairro de luta e que hoje recebe essa edição do 1º de maio, que é uma construção de várias centrais e movimentos populares que debatem a importância de levar o ato para um bairro da periferia, e a Serrinha foi escolhida, de segundo Babau, pela sua tradição de movimentos organizados.
Babau nasceu e viveu toda a vida na Serrinha e afirma que “é um bairro ainda que precisa de muita estrutura. Um bairro que ainda falta saneamento básico, educação, saúde, e é um bairro que precisa de cultura e de muita paz e o 1º de Maio é o dia que a gente vai lutar por direitos salariais e melhores condições para classe trabalhadora e aqui, nesse bairro, existem 30 mil pessoas, trabalhadores, trabalhadoras precarizados, então é um momento muito bonito e muito importante o conjunto das forças populares trazer o 1º de maio para um bairro popular. Estamos muito felizes de passar essa mensagem, de saber que vamos continuar organizando, lutando por direito, pressionando o governo federal e o governo estadual para que o direito da classe trabalhadora, principalmente da periferia possa estar garantido”.
A Conselheira Tutelar de Fortaleza, Lorena Moura, também participou do ato, e assim como Rogério Babau reside na Serrinha e afirma que “hoje é muito importante que esse ato histórico e muito importante no Brasil seja feito aqui nessa comunidade que tem muitos trabalhadores que estão no dia a dia pegando ônibus para ir para o trabalho, gastando de duas a quatro horas de ônibus para chegar no trabalho e que hoje entendem a necessidade desse 1º de maio, dia da organização da classe trabalhadora. Esse é um bairro histórico e de muitas lutas”.
Brasília
Esse 1º de Maio, de acordo com Wil Pereira, foi um esquenta para a realização da Marcha da Classe Trabalhadora, que vai ser realizada no dia 22 de maio, em Brasília. “Há uma grande concentração de forças das mais diversas centrais sindicais, dos movimentos populares para que a gente possa estar presente lá em Brasília, para colocar mais de 50.000 pessoas lá em frente ao Congresso e dizer ao Arthur Lira que a pauta que ele tem que atender é a pauta que ganhou as eleições de outubro de 2022, e não a pauta derrotada. É isto que nós queremos dizer. Vamos agora concentrar forças na mobilização para estamos em Brasília”.
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Fonte: BdF Ceará
Edição: Camila Garcia