Desde a última quinta-feira (2), 22 bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMB) estão atuando na operação de busca e resgate às vítimas das chuvas que incidem no Rio Grande do Sul. Até o último sábado (4), a equipe baiana já havia resgatado cerca de 170 pessoas, dentre as quais idosos e crianças. Os bombeiros da Bahia também recuperaram quatro corpos.
No domingo (5), as equipes de bombeiros baianos trabalharam em Galópolis, distrito de Caxias do Sul, em busca de pessoas soterradas; e em Santa Lúcia do Piaí, no resgate de moradores isolados.
Os militares baianos também estão atuando em um centro de distribuição de donativos e primeiro acolhimento aos desabrigados e desalojados. "Dividimos nossos militares em três frentes, para que pudéssemos atender um maior número de cidadãos. Nossa atuação acontece em conjunto com outros corpos de bombeiros e demais órgãos, como a Defesa Civil", explicou o comandante-geral do CBMB, coronel Adson Marchesini.
O governo do estado informou ainda que, se for necessário, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia enviará outras equipes para reforçar o atendimento ao estado gaúcho.
Equipes de saúde
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesab) também enviou médicos e enfermeiros para auxiliar no socorro às vítimas no estado. Dentre eles está o sanitarista do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia, Edson Ribeiro Júnior, com experiência em enchentes na Bahia, já tendo participado de ações no Oeste e Extremo Sul do estado.
"A gente vai junto com o Corpo de Bombeiros para apoiar as equipes na análise da situação de saúde, na observação dos desabrigados, abrigos. Enfim, a gente vai tentar apoiar, ver quais são as necessidades, conhecer o cenário e fazer uma avaliação de risco", explica.
O sanitarista acrescenta ainda que uma preocupação da equipe é com a saúde mental da população atingida. "É uma situação que envolve muitas perdas. Então, a saúde mental também é uma coisa a ser avaliada", acrescentou. Outros pontos levantados pela equipe são as doenças que são emergentes em desastres, como as arboviroses (dengue, Chikungunya, etc.), leptospirose, as doenças diarréicas, as transmissíveis, além da situação vacinal.
Fonte: BdF Bahia
Edição: Gabriela Amorim