Justiça

Caso Marielle: PF prende ex-assessor de Domingos Brazão; irmãos são denunciados pela PGR

A denúncia foi entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão são suspeitos de planejarem o assassinato de Marielle e Anderson com a milícia do RJ - Alerj

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (9), Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, ex-assessor de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), por envolvimento na gestão de negócios imobiliários irregulares dos irmãos Brazão

Calixto é acusado de participar da organização criminosa liderada pelos irmãos. Não há, no entanto, provas de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Torres.  

Também foi cumprido um mandado contra Ronald Alves de Paula, o Major Ronald. Ele é acusado de ser um dos responsáveis por monitorar a rotina de Marielle. 

Na última terça-feira (7), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. 

A denúncia foi entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, também foi denunciado pelo caso. Os três estão presos preventivamente desde março.  

As prisões ocorreram após a delação do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa. Ele está preso desde março de 2019 e foi condenado em julho de 2021 por destruir provas sobre o caso.  

Antes de ser preso, Brazão disse que não conhece Ronnie Lessa nem Élcio Queiroz, ex-policial militar do Rio de Janeiro, acusado de dirigir o carro utilizado no crime. Em julho do ano passado, Queiroz também fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Na ocasião, o nome de Domingos Brazão foi citado como o mandante da execução contra Marielle Franco.   

“Eu não sei se realmente eles citaram o meu nome. (...) Se citaram, não sei com que intenção, então não sei se é uma manobra aí. Isso aí eu, eu, não posso julgar, não sei o que foi feito. Tenho fé em Deus, acredito na Justiça. Se estão falando meu nome para proteger alguém, o desafio das autoridades vai ser sentar e entender quem estão protegendo”, afirmou Brazão ao Metrópoles.   

Edição: Rodrigo Chagas