A candidata governista de esquerda nas eleições presidenciais do México, Claudia Sheinbaum, evitou o enfrentamento direto com Xóchitl Gálvez e Jorge Álvarez Máynez no terceiro e último debate eleitoral, transmitido pela TV mexicana neste domingo (19).
Sheinbaum utilizou seu tempo de fala para defender as ações do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador nas áreas social, de segurança e política exterior. "Nós somos bem-estar e direitos (...) eles são classismo e racismo, nós somos humanismo, eles defendem alguns, nós defendemos o povo do México", disse Sheinbaum, ex-prefeita da Cidade do México de 61 anos.
Favorita para vencer o pleito de 2 de junho na maioria das pesquisas, a candidata do partido Morena foi o alvo principal dos ataques adversários que partiram, em sua maioria, da opositora de centro-direita, Xóchitl Gálvez que chegou a chamar Sheinbaum de "candidata do narcotráfico".
"Nós, mexicanos, não merecemos um debate presidencial cheio de calúnias e mentiras (...) não vou cair, neste caso, em provocações", disse Sheinbaum, que classificou os ataques como “desespero" da coligação de Gálvez por estar "em um distante segundo lugar".
Segundo a pesquisa publicada na última terça-feira (14) pela consultora Mitofsky, Sheinbaum venceria o pleito presidencial com 56% dos votos. Xóchitl Gálvez aparece com 32% dos votos. Já a pesquisa de De las Heras Demotecnia indica que Sheinbaum obteve 67% das intenções de voto, contra 30% da segunda colocada.
Gálvez é candidata pela coalização Força e Coração, que reúne os maiores partidos de direita e extrema direita do país: Partido Revolucionário Institucional (PRI) - que governou o México por 70 anos - Partido de Ação Nancional (PAN) e Partido da Revolução Democrátia (PRD).
A coligação convocou um ato de campanha que reuniu 95 mil pessoas na Cidade do México no domingo (19), antes de debate eleitoral.
Em terceiro lugar nas pesquisas, com menos de 10% das intenções de voto, Jorge Álvarez Máynez atacou ambas as candidatas, mas chegou a favorecer Sheinbaum ao lembrar da participação de Gálvez no gabinete do ex-presidente Vicente Fox (2000-2006) e dos casos de corrupção que envolvem governadores do PRI.
Edição: Leandro Melito