Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia na noite desta terça-feira (21), suspender a greve que estava prevista para a quarta-feira (22). A decisão aconteceu depois que a direção do Metrô enviou uma carta à direção do sindicato com respostas parciais às demandas da categoria e com a promessa de haver contraproposta completa até o próximo dia 5 de junho.
Sindicato e direção da empresa estão em negociação salarial desde março deste ano, quando foi enviada a pauta aprovada pelos trabalhadores. Entre 16 de abril e 14 de maio houve cinco reuniões na mesa de negociação. Inicialmente, o compromisso do Metrô era apresentar uma proposta no dia da última dessas reuniões (14 de maio), o que não aconteceu.
Diante da falta de resposta da companhia, os trabalhadores propuseram greve para a próxima quarta-feira, como forma de pressionar em busca de resposta concreta da direção do Metrô. Apesar de não ter havido uma proposta definitiva, a assembleia desta terça decidiu pela não realização do movimento.
Além de se comprometer a enviar a proposta definitiva até o próximo dia 5, a direção do Metrô de São Paulo antecipou a resposta a algumas demandas dos trabalhadores, como a movimentação horizontal de empregados que preencham requisitos previstos em normas internas e a formação de grupo de trabalho para atenção a pais e responsáveis por pessoas identificadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A direção da empresa ressaltou ainda que os trabalhadores e trabalhadoras já tiveram o reajuste inflacionário aplicado nos salários vigentes. O sindicato, porém, afirma que essa medida foi tomada "ignorando a negociação e desrespeitando a comissão de negociação da categoria e da própria empresa", e lembrando que o tema do reajuste era pauta na mesa de negociação.
Edição: Geisa Marques