Guerra

Brasil e China apresentam proposta para estabelecer a paz entre Rússia e Ucrânia

Proposta sino-brasileira tem seis pontos definidos pelo chanceler chinês Wang Yi e Celso Amorim

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Celso Amorim e Wang Yi foram os principais promotores da proposta sino-brasileira para a paz entre Rússia e Ucrânia - Xinhua

Os governos do Brasil e da China revelaram esta quinta-feira (23) o documento que pretender apresentar como proposta para estabelecer a paz entre Rússia e Ucrânia, acabando com a guerra iniciada em fevereiro de 2022 e que já dura 28 meses.

O texto foi finalizado durante uma reunião entre os principais promotores da iniciativa, o chanceler chinês Wang Yi e o assessor especial da Presidência do Brasil para assuntos internacionais, Celso Amorim.

A proposta sino-brasileira é baseada em seis pontos, entre os quais se destaca a criação de uma conferência internacional de paz que seja reconhecida por ambas as partes e participação igualitária de autoridades russas e ucranianas, além de delegados de países mediadores – entre os quais estariam chineses e brasileiros, mas não somente.

O texto acrescenta a necessidade de estabelecer zonas de segurança nas fronteiras entre os países, e mecanismos capazes de proteger civis, regiões densamente habitadas e evitar ataques a infraestruturas básicas. Também defende que se inclua um acordo para o intercâmbio de prisioneiros de guerra.

Outro ponto importante proposto pelo documento é a necessidade de proibir enfaticamente o uso de armas de destruição em massa, sejam elas biológicas, químicas ou nucleares, e também de restringir o uso de drones militares.

Em documento conjunto, Brasil e China afirmaram que pretendem levar sua proposta para que seja discutida na conferência sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, que será realizado na Suíça, entre os dias 15 e 16 de junho.

No entanto, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, convidado ao evento suíço, afirmou sua participação está condicionada à presença de representantes tanto da Rússia quanto da Ucrânia, o que deve impossibilitar a sua viagem ao país alpino, já que as autoridades russas não estarão presentes, segundo os organizadores.