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Início Cidades

Em Porto Alegre

Desigualdade se amplia na comunidade Morro da Cruz em decorrência das chuvas

ONG Autônomo Coletivo ajuda comunidade a enfrentar miséria e a pensar soluções

28.maio.2024 às 19h04
Porto Alegre (RS)
Eugênio Bortolon

ONG Autônomo Coletivo atua no acolhimento de crianças do Morro da Cruz, zona leste de Porto Alegre - Robson Faria/Morro da Cruz

O Morro da Cruz é uma das tantas áreas de Porto Alegre que só é lembrada eventualmente. Quando há tragédias, crimes, tráfico e por um ou outro grande acontecimento, como a encenação da morte de Cristo na sexta-feira da Paixão, na Semana Santa. Ali faltam água, energia e internet a qualquer hora. Não passa ônibus. Tudo é um pouco distante. A situação é de quase invisibilidade. 

Nas eleições, os candidatos aparecem em bom número, mas depois deixam para lá qualquer atitude mais convincente. Não chega a ser terra de ninguém. Existe alguma coisa que funciona, mas ainda em pequeno número, beneficiando poucas pessoas. Agora, na enchente, a área com população entre 35 e 40 mil pessoas, na zona leste da capital gaúcha, entre os bairros São José e Partenon, enfrenta problemas de deslizamentos e destruição de casas, que se encontravam em situação precária. A pobreza é quase geral. 

“Aqui, as demandas são extraordinárias e revelam a mais profunda desigualdade social que há em Porto Alegre”, diz a antropóloga Lúcia Scalco. Dirigente da organização não-governamental (ONG) Coletivo Autônomo Morro da Cruz, Scalco diz que o movimento é engajado socialmente. “Nós nos envolvemos, colocamos a mão na massa, não somos observadores silenciosos, que tudo enxergam e nada fazem. Não ficamos só nas teorias e de braços cruzados, estudando a realidade”, afirma. 

Criada oficialmente há cinco anos, a organização cresceu na pandemia com ampla assistência aos moradores e evoluiu desde então. “Aqui não há ‘paradeira’, sempre tem alguém que precisa de ajuda”, observa a antropóloga. 

Atuando em quatro locais do Morro da Cruz, em espaços ofertados por membros da comunidade, Scalco conta que, agora, durante as cheias, está distribuindo roupas e refeições. “Só no domingo, dia 24, foram 124 refeições, basicamente para crianças, nossos alunos.” 

Ela acrescenta, no entanto, que há pouca oferta. “Uma igreja nos ofereceu uma carreta de mantimentos. Mas, quando souberam que não éramos da religião, desistiram. Um empresário, porém, ficou impressionado com a nossa situação e nos doou um caminhão de roupas”, relata. Todo o material é distribuído imediatamente.

Nesta terça-feira (28) é dia de distribuição geral de produtos para auxiliar as famílias da região. “Uma pena que existam pessoas sem noção, que mandam sapatos salto agulha, livros de inglês, coleções de livros Barsa, enfim, coisas que gostariam de descartar, e talvez não saibam que aqui não têm utilidade. Absurdos assim acontecem, mas sempre surge alguém que acaba levando para amigos, parentes. Nós queremos coisas úteis, para ajudar esta comunidade tão pobre e que vive à margem da sociedade”, conta.

Uma ação emergencial foi desenvolvida recentemente pela ONG em função das cheias: foram confeccionadas 80 capas de chuvas, entregues aos alunos. Com as capas, criadas e feitas pela costureira Eni Leal (@eni_lealr), do Morro da Cruz, os jovens podem frequentar a escola em dias chuvosos. O coletivo também está produzindo grandes rodos que vão ajudar a limpar a lama dos prédios e ruas atingidos pela enchente.


Antropóloga Lucia Scalco, ao lado de criança que recebeu capa de chuva, é dirigente da ONG Autônomo Coletivo / Robson Faria/Morro da Cruz

Atuação

A instituição desenvolve habitualmente três ações: Projeto Integração para crianças de 6 a 12 anos, com 152 alunos; Projeto Conviver, com 124 alunos, no qual eles aprendem ensino básico para a vida, como filosofia, psicologia e música; e Projeto Decole, com número variado de alunos, o qual propõe estimular o grupo a refletir sobre os desejos para o futuro. Aulas de marcenaria, informática, entre outras, são dadas com auxílio de professores aposentados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

“Nosso objetivo no Morro da Cruz é o resgate da autoestima. Aqui, todos, das crianças aos mais velhos, têm inúmeros problemas, materiais, físicos, psicológicos, e nós tentamos aliviar tudo isso com paciência, dedicação, carinho e compreensão. Nosso trabalho não é recriminar ou julgar ninguém. É ensinar, conduzir, falar, compreender. Queremos crianças e jovens felizes e com dignidade”, ressalta a antropóloga.

A ONG recebe doações da comunidade, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A associação recebe ainda, por meio dos canais pela internet, apoio para cursos, alimentação, além de roupas, sapatos, brinquedos e material escolar. 

As doações podem ser feito, em qualquer quantia, via PIX ou Conta Corrente da ONG:
PIX: 34426595000163 (CNPJ)
Conta Corrente no Banco do Brasil:
Agência 3240-9
Conta 43.745-X

Editado por: Katia Marko
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