Com um enorme bandeirão de Israel, trios elétricos e bexigas verdes e amarelas, milhares de pessoas ocuparam a avenida Tiradentes, nesta quinta-feira (30), na região central da capital paulista, para participar da 32ª edição da Marcha para Jesus.
Entre os políticos presentes estavam o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que tem os olhos postos na corrida presidencial de 2026.
Tendo de um lado o apóstolo Estevam Hernandes, idealizador do evento e presidente da Igreja Renascer em Cristo, e do outro a esposa Regina Nunes, o prefeito ganhou uma oração dos fiéis antes de tomar a fala e declarar: “Eu amo Jesus”. Dizendo-se emocionado, Ricardo Nunes pediu “uma energia muito positiva” para “os nossos irmãos do Rio Grande do Sul”.
Opinião: Para onde marchamos?
Pelo segundo ano seguido, o presidente Lula (PT) enviou uma carta ao líder da Marcha para Jesus. Nela, declarou que, “como cristão”, sente-se “regozijado de ver a dimensão extraordinária que este evento tomou”, promovendo “valores de paz, fé, amor ao próximo e solidariedade”.
Ressaltando que as ações de seu governo buscam promover “uma vida digna à família brasileira”, Lula afirmou que “a Igreja desempenha um papel vital nesse compromisso, que se reflete na sua ação social e no suporte espiritual de seus fiéis”.
A carta, assim como no ano passado, foi entregue a Hernandes por Jorge Messias, advogado geral da União. Diferentemente da vez anterior, em que subiu no palco e foi vaiado ao mencionar o nome do presidente, Messias não teve uma exposição pública.
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Jair Bolsonaro (PL), o único político que foi à Marcha enquanto chefiava o Palácio do Planalto, também se ausentou da edição deste ano. Inelegível e alvo de inquéritos policiais, Bolsonaro passou 12 dias hospitalizado neste mês de maio. Esteve, no entanto, em um encontro com o organizador da Marcha para Jesus nesta quarta (29) em Campinas.
Neste ano, o tema do evento é “Dupla honra”, fazendo referência a um versículo da Bíblia que diz que, “em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra”.
Edição: Rodrigo Chagas