ASSISTA

Bem Viver: pequenos produtores apostam em ‘barraginhas’ para mitigação climática na Amazônia

Programa mostra alternativa agroecológica barata e eficiente que tem obtido bons resultados no Maranhão

Brasil de Fato | Imperatriz (MA) |
Resultados vão desde a coleta de água das chuvas, contenção de erosões e redução dos impactos da emergência climática - Acesa

Embora estejam entre os mais afetados pelos impactos de mudanças climáticas, entre secas extremas e graves enchentes, os pequenos produtores têm apostado na tecnologia de barraginhas, que são bacias escavadas no solo, uma alternativa agroecológica barata e eficiente para coleta de água das chuvas, contenção de erosões e redução desses impactos.

Nesta edição, o Bem Viver – programa do jornal Brasil de Fato – mostra como as Organizações da Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama) desenvolvem um projeto de barraginhas junto a 20 famílias de comunidades rurais do estado, que encontraram na ferramenta uma poderosa estratégia na proteção das florestas da Amazônia e na promoção de ações climáticas significativa.

“Essa técnica tem sido implantada nessa perspectiva de melhorar o trabalho da agroecologia, melhorar o solo e, automaticamente melhoras as condições produtivas. Nós entendemos que técnicas como essa, que fortalecem a agroecologia, também são interessantes para combater as crises climáticas, construir justiça climática e tornar as comunidades e territórios mais resilientes e, assim, construir estratégias de convivência com esse sistema”, como explica Raimundo Alves, Coordenador da Associação Comunitária de Educação e Saúde em Agricultura (Acesa).  

As famílias recebem ainda o acompanhamento do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), grupo de pesquisa ligado à Universidade Federal do Maranhão responsável pela coleta e sistematização de dados científicos ao longo do projeto.

“As próprias comunidades conseguiram entender e colocar em prática a vivência delas em relação às mudanças climáticas no local e como a agroecologia pode contribuir nesse processo de qualidade de vida e uma alimentação sem veneno”, explica Ana Lourdes Ribeiro, uma das pesquisadoras e educadora ambiental que acompanha o projeto.

As barraginhas fazem parte de um sistema que proporcionam o acúmulo da água no lençol freático para alimentar todo o sistema, inclusive o sistema de agricultura familiar, que é o Sistema Agroflorestal (SAF), então a expectativa é a melhoria de todo o microclima, do solo e da produção local de cada comunidade.


Aos 22 anos, Wesley já implantou cinco barraginhas na propriedade da família e comemora os resultados. / Acesa

Wesley Nascimento, da comunidade Vila Bom Jesus, localizada em Lago Verde, no Maranhão, é um dos produtores que aderiu à barraginhas em sua propriedade de dez hectares, e em menos de um ano, já comemora os primeiros benefícios da implantação de cinco unidades, aliadas ao sistema agroflorestal.

“A gente já consegue ver alguns benefícios, que são a visita de animais silvestres, aves como inhumas, socó, também tem alguns animais como a capivara, que a gente já consegue ver, já tem mais ou menos umas dez capivaras visitando a área, porque tem bastante água, a gente consegue ver também tatu, a cutia, a paca”, comemora Wesley.


Ao umedecer as baixadas, as barraginhas favorecem condições para uma agricultura de qualidade. / Acesa

A ideia de barraginhas surgiu há mais de 30 anos no Brasil, especialmente em razão dos períodos de poucas chuvas e do desmatamento, a partir da construção de bacias dispersas nas propriedades, preservando o solo e promovendo a recarga dos lençóis freáticos, que abastecem nascentes, córregos e rios, apresentando resultados

“E assim, a gente sabe que é um processo, estamos no início, é com o decorrer do tempo que vai acontecendo, mas já de início, a gente consegue ver que tem resultados. A gente consegue ver que é um projeto gratificante, que daqui a dois a cinco anos, a natureza vai começar a agradecer”, complementa Wesley.

E tem mais...

O programa traz também uma conversa com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Vamos entender como governo está atuando para aumentar número de mulheres na política. 

Solidariedade em Cuba. Ilha caribenha lança exposição em homenagem às vítimas na Palestina.

E tem receita de nhoque de abóbora com a Gema Soto, além de deliciosa aproveita 100% do alimento e é totalmente vegetariana.

Solidariedade RS

Hoje a Cozinha Solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) distribui 3.226 marmitas diárias na capital gaúcha. São cerca de quatro toneladas de alimentos confeccionados e distribuídos em várias regiões acessíveis apenas de barco. As entregas são feitas em vários pontos de Porto Alegre, atendendo pessoas atingidas desde o Morro da Cruz até as ilhas.

Você também pode contribuir com as cozinhas solidárias neste momento difícil do Rio Grande do Sul através do site apoia.se/enchentesRS e também via PIX: [email protected] ou via depósito bancário pelos dados: Banco Itaú: agência: 4300; conta corrente: 99.707-1

Quando e onde assistir? 

No YouTube do Brasil de Fato todo sábado às 13h30, tem programa inédito. Basta clicar aqui.

Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC.

Na TV Brasil (EBC), segunda-feira às 6h30.

Na TVCom Maceió: sábado às 10h30, com reprise domingo às 10h, no canal 12 da NET. 

Na TV Floripa: sábado às 13h30, reprises ao longo da programação, no canal 12 da NET. 

Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h, no canal 40 UHF digital. 

Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital. 

Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30, em Brasília no Canal 15 da NET. 

TV UFMA Maranhão: quinta-feira às 10h40, no canal aberto 16.1, Sky 316, TVN 16 e Claro 17. 

Sintonize

No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.

O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

Edição: Rodrigo Chagas