Sem limites

Bombardeio deixa três brasileiros feridos no Líbano em meio a ataques de Israel contra o Hezbollah

Exército israelense bombardeou localidades do Líbano, depois que o movimento Hezbollah reivindicou ataques a Israel

Brasil de Fato | São Paulo |
A fumaça se espalha durante um ataque israelense na aldeia de Khiam, na fronteira sul do Líbano, em 1º de junho de 2024 - Rabih DAHER / AFP

Um bombardeio na cidade de Saddike, no Sul do Líbano, feriu três brasileiros, entre eles uma mulher, em estado gravíssimo, informou o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, no último sábado (1). Por meio de nota, o Itamaraty manifestou indignação com o ataque e recomendou aos cidadãos brasieiros que não julguem essencial sua permanência no Líbano, "que considerem a precaução de ausentar-se do país até seu retorno à normalidade”.

“O Brasil exorta as partes envolvidas nas hostilidades à máxima contenção, assim como ao respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes”, diz a nota do Itamaraty.

Ataques israelenses

O exército israelense bombardeou no sábado (1) localidades do Líbano, depois que o movimento Hezbollah reivindicou ataques contra o norte de Israel, informaram fontes de ambas as partes. Uma fonte do Comitê Islâmico de Saúde, vinculado ao Hezbollah, declarou que 16 crianças com entre quatro e 14 anos foram levadas ao hospital devido aos ferimentos sofridos em ataque realizado "por um avião de guerra israelense".

"Nas últimas 72 horas, a Força Aérea bombardeou mais de 40 alvos militares no Líbano, visando infraestruturas onde operam terroristas do Hezbollah, bem como lançadores usados para atacar território israelense", diz o comunicado do Exército de Israel.

Países mediadores pressionam por trégua

Mediadores no conflito na Faixa de Gaza, exortaram, no sábado (1º), Israel e o movimento Hamas a aceitarem o projeto de trégua apresentado na sexta-feira (31) pelo presidente estadunidense Joe Biden, após quase oito meses de guerra em território palestino.

Os combates não deram trégua na Faixa de Gaza, sobretudo em Rafah, no sul, depois que Joe Biden revelou na sexta-feira que Israel havia proposto novas diretrizes para um cessar-fogo, plano classificado de "positivo" pelo Hamas. Pouco depois do anúncio de Biden, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu em que a guerra só terminaria com a "eliminação" do Hamas, que governa Gaza desde 2007.

O dirigente israelense, que enfrenta uma pressão interna crescente, afirmou no sábado que as "condições de Israel para pôr fim à guerra" incluem também" a libertação de todos os reféns e a garantia de que Gaza já não representa uma ameaça" ao país. Em um comunicado difundido pelo Ministério de Relações Exteriores do Catar, os mediadores cataris, americanos e egípcios pediram "tanto ao Hamas como a Israel que finalizem o acordo que incorpora os princípios esboçados pelo presidente Joe Biden".

*Com AFP

Edição: Leandro Melito