O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou nesta terça-feira (4) os eleitores do país a participarem das eleições, para garantir uma “vitória perfeita” nas eleições presidenciais marcadas para 28 de julho. Segundo o mandatário, a eleição de Claudia Sheinbaum como nova presidente do México é exemplo de êxito para os eleitores venezuelanos.
“O que é uma vitória perfeita? O que aconteceu no México, uma vitória esmagadora, esmagadora e pacífica. Essa é a vitória perfeita que devemos buscar”, disse Maduro em discurso para apoiadores no estado de Trujillo.
A mexicana venceu as eleições com cerca de 59,35% dos votos válidos no país. A vantagem foi de mais de 30 pontos percentuais frente a segunda colocada, Xóchitl Gálvez, que recebeu 27,90%. Ela dará continuidade às políticas do atual presidente Andres Manuel Lopez Obrador.
Após a vitória da nova chefe do Executivo, Maduro afirmou que a eleição mexicana é “uma extraordinária demonstração de civismo e democracia com grande participação nas eleições presidenciais" e parabenizou Sheinbaum pelo resultado. O governo venezuelano também emitiu uma declaração, divulgada pelo ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, na rede social X, na qual parabenizou “a grande vitória do povo mexicano e da presidente eleita Claudia Sheinbaum, que obtiveram uma vitória contundente, de mãos dadas com as forças da esquerda e do progressismo”.
Durante a semana, Maduro também ligou para falar com Sheinbaum. De acordo com a Telesur, o venezuelano reforçou o compromisso de lutar contra a extrema-direita internacional e traçar um “caminho de cooperação e irmandade entre México e Venezuela”.
Em seu discurso, Maduro também voltou a acusar a extrema direita de tentar desestabilizar o pleito e não reconhecer os resultados no país. “Agora querem vir fazer campanha eleitoral para enganar novamente os desavisados. Vocês querem um presidente fraco e manipulável, um fantoche dos gringos, que entregue as riquezas da Venezuela ou que seja firme, corajoso e patriótico?”, perguntou o presidente.
O presidente e candidato à reeleição também chamou o candidato de oposição Edmundo González Urrutia de “fantoche dos Estados Unidos e um idiota fraco e impotente, que manda, como Pedro Carmona Estanga [ex-presidente da maior entidade empresarial do país, a Fedecámaras, e um dos responsáveis pelo golpe contra o governo do ex-presidente Hugo Chávez], reprimir o povo”.
No mês passado, o presidente já havia dito que a extrema direita no país se move “pelo ódio”, que vencerá as eleições e vai “forçá-los a trabalhar pela paz do país”.
Edição: Rodrigo Durão Coelho