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Motoristas e cobradores de ônibus vão decidir se suspendem greve prevista para sexta (7) em São Paulo

Trabalhadores decidiram por realizarem assembleia após audiência do Tribunal do Trabalho com a SPTrans e a SPurbanuss

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
A decisão pela suspensão ou não da greve dos motoristas e cobradores de ônibus será enviada ao Tribunal do Trabalho - SMTTRUSP/Reprodução

Os motoristas e os cobradores de ônibus do município de São Paulo farão uma assembleia às 10h desta quinta-feira (6) para decidir se suspendem ou não a greve prevista para esta sexta-feira (7). 

A decisão por uma nova assembleia ocorreu após o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP) participar, nesta quarta-feira (5), de uma audiência do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) com a SPTrans e a SPurbanuss, que representa as concessionárias responsáveis pelo transporte na capital paulista

Na audiência, as partes concordaram em reabrir a mesa de negociações sobre as reivindicações feitas pelos trabalhadores. Desta vez, as reuniões devem ser feitas com a participação do Tribunal de Contas do Município (TCM), de técnicos do SMTTRUSP, do setor patronal, da SPTrans e da Câmara Municipal. Podem participar convidados representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do próprio TRT-SP. 

O resultado da assembleia dos trabalhadores reunidos no sindicato será comunicado ao TRT-SP até às 12 horas desta quinta-feira. 

Reivindicações 

Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 3,69%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um aumento real de 5% e uma reposição de 2,46% pelas perdas salariais ao longo da pandemia de covid-19, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

“Estamos faz 45 dias tentando o caminho do diálogo para resolver essa questão, e tudo o que os patrões ofereceram foram pautas sem impacto econômico. Reajuste e outros benefícios importantes sequer foram discutidos”, criticou o presidente do sindicato, Edivaldo Santiago.  

Outras reivindicações foram feitas, mas o setor patronal até então não havia oferecido uma contraproposta. Os trabalhadores também pediram a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), um reajuste do vale-refeição para R$ 38, cesta básica com produtos de qualidade e reajuste de 17% no seguro de vida.   

Melhoria nos convênios médico e odontológico, jornada de trabalho de sete horas efetivamente trabalhadas (6h30 mais 30 minutos de descanso e refeição) ou 6 horas trabalhadas e 1 hora remunerada, auxílio funeral com revisão dos valores, entre ouros pontos também foram reivindicados.   

Edição: Rodrigo Chagas