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Autoridades que ignorarem alertas climáticos são mais que negacionistas, são irresponsáveis, acusa Márcio Astrini

Secretário-executivo do Observatório do Clima critica Eduardo Leite e exige que população seja alertada sobre riscos

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"Para o congresso é só uma chuvinha, ou só uma gripezinha do mesmo jeito que foi na pandemia" - Foto: José Eduardo Bernandes

Os efeitos e consequências da crise climática que afeta o Brasil nos últimos anos exige que o país passe a cobrar com mais veemência as autoridades que não estão dando a devida importância ao tema ou deixando de agir conforme a necessidade, defende Márcio Astrini, Secretário-executivo do Observatório do Clima, em entrevista ao Brasil de Fato.

Para o especialista, é importante que a sociedade amplie a definição de negacionistas para incluir a pecha de irresponsáveis. 

Na entrevista veiculada no programa Bem Viver desta sexta-feira (7), Astrini rebateu uma declaração do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), na qual ele reconheceu que havia alertas sobre eventos extremos, mas que "o governo também vive outras pautas e agendas". "A gente entra aqui no governo e o estado estava sem conseguir pagar salário, sem conseguir pagar hospitais, sem conseguir pagar os municípios", declarou à Folha de São Paulo em maio

Frente a esta declaração e outras posturas do governador, Astrini rebateu: "É a população mais pobre, mais sofrida, a população foi marginalizada [a mais afetada]. Essas são as maiores vítimas. Então, o que o governador fala? Ele diz que não era prioridade o quê? Não era prioridade a população? Então, acho que ele está no lugar errado".

"Então essas pessoas, mais do que negacionistas, são irresponsáveis, porque elas precisam olhar e elas estão lá para isso, são eleitas para isso. Elas precisam olhar esses avisos, elas precisam entender o que está acontecendo", afirma.

"O que pode ser mais importante do que a vida das pessoas da região que ele administra? O que é mais importante? É uma meta fiscal, uma venda de uma estatal, eu não sei o que pode ser mais importante na cabeça dessas pessoas", questiona.

Na entrevista, Astrini indica que medidas urgentes precisam ser tomadas para conter novas crises como a que vive o Rio Grande do Sul, como protocolos de evacuação, sirenes físicas e por meio eletrônicos e, principalmente, deixar a população ciente, previamente, que vive em um local mapeado como de risco.

"Não podemos, por exemplo, entender que nós precisamos de um abrigo específico para mulheres e crianças no meio da enchente. A gente não pode determinar qual é o local de fuga das pessoas no meio da destruição".

Astrini fala também sobre a Proposta de Emenda à Constituição 3/22, conhecida como PEC das Praias e sobre os desafios do Brasil ao receber a Conferência do Clima organizada pelas Nações Unidas (ONU), COP em 2025, em Belém (PA).

Você acredita que os aviso meteorológicos vão ser seguidos com mais rigor pelas autoridades?

É engraçado que todos esses governantes, eles não só ouvem o que é dito, como eles vão nas Conferências do Clima, eles estão lá. 

O governador, o governo do estado Rio Grande do Sul participou pelo menos das últimas três edições de clima. Viajaram para fora do país, ficaram lá duas semanas, ouviram os cientistas. Se não ouvissem os cientistas e não quisessem ler relatórios, não precisava, a realidade já está mostrando o que ia acontecer no Rio Grande do Sul.

Tiveram seca em 2021, 2022, 2023 inclusive, entraram um ano com seca, saíram um ano embaixo d 'água. Então era recorrente já, tanto os avisos do mundo inteiro, dos painéis científicos, dos relatórios, quanto da vida real. Não escutaram porque não quiseram, não escutaram porque não levaram a sério o que foi dito.

E é óbvio quando você tem um governante de uma região que não leva a sério uma pauta, ele também não vai informar a sua população. Ele não vai fazer um plano de atenção para aquele ponto.

Ele não vai, por exemplo, criar um mecanismo de evacuação de uma área que está em risco climático. E essa é a situação que a gente está vivendo. 

Agora, existe uma diferença muito grande entre eu não acreditar em algo que é para mim e um governador ou um prefeito não acreditar em algo que vai fazer com que a população toda sofre.

Então essas pessoas, mais do que negacionistas, são irresponsáveis, porque elas precisam olhar e elas estão lá para isso, são eleitas para isso. Elas precisam olhar esses avisos, elas precisam entender o que está acontecendo.

Eles falharam com relação a isso por negligência. Isso faz parte de uma irresponsabilidade, isso faz parte de uma falta de sensibilidade com a população, porque as pessoas estão morrendo. 

O que pode ser mais importante do que a vida das pessoas da região que ele administra? O que é mais importante? É uma meta fiscal, uma venda de uma estatal, eu não sei o que pode ser mais importante na cabeça dessas pessoas. 

Quando desbarranca o morro, são as pessoas que morrem. Quando você tem seca, são as pessoas que perdem a safra, que perdem a vida, que perdem a sua capacidade produtiva, que adoecem, quando a gente tem enchentes como essa, é a vida da população que vai embora. 

É a população mais pobre, mais sofrida, a população foi marginalizada. Essas são as maiores vítimas. Então, o que o governador fala? Ele diz que não era prioridade o quê? Não era prioridade a população? Então, acho que ele está no lugar errado. 

Qual o efeito de um desastre desses para a população?

Você tem um prejuízo psicológico, ele é moral. Vale a pena você reconstruir a sua casa? Vale a pena você reinvestir naquele seu negócio? A gente não sabe, esse é um questionamento que as pessoas vão ter, uma insegurança que vai acompanhar essas pessoas, e que a gente não sabe que ninguém tem essa.

Além disso, nós temos um problema que não se restringe ao Rio Grande do Sul. O que aconteceu lá pode acontecer no restante do país. 

Agora, que pelo menos o Rio Grande do Sul sirva de alerta porque a gente pode ver se espalhar por outras cidades. Não que não tenha acontecido, mas é que pode acontecer em escalas colossais como que a gente viu agora. 

Existe uma identificação, uma lista do Cemaden que é o Centro de Monitoramento de Desastres Naturais do governo federal, tem cerca de mil municípios, mil localidades já mapeadas. Ali a gente sabe que a vulnerabilidade é alta para esses eventos.

Então, é pegar esse diagnóstico, e montar um plano em cima dele para ver qual é a região mais vulnerável. O que precisa ser feito, qual o tipo de obra, quanto tempo demora, qual a população assistida, quanto custa isso? 

O que a gente vai fazer entre o início da obra até a conclusão, porque você pode ter um evento extremo acontecendo nesse meio tempo, então nós precisamos agora fazer planos para socorrer essas áreas que estão extremamente vulneráveis.

Nós não podemos, por exemplo, entender que nós precisamos de um abrigo específico para mulheres e crianças no meio da enchente. A gente não pode determinar qual é o local de fuga das pessoas no meio da destruição. 

Nós não podemos deixar que as pessoas sequer saibam que elas estão em área de risco. 

Os avisos meteorológicos são o suficiente para prevermos eventos extremos?

A gente precisa ter muito mais atenção a essas previsões, porque às vezes você consegue prever que vai chover, que vai chover muito, mas não acerta a volumetria. 

Às vezes aquela chuva que é esperada para um mês vai acontecer em dois, três dias e você não prevê ela exatamente dessa forma. Então, nós precisamos olhar para o quanto aquela região está vulnerável. E caso aconteça uma chuva inesperada, fora do normal, o que pode ocorrer com aquela população. 

É o caso, por exemplo, do que aconteceu em São Paulo, em São Sebastião. Nós tínhamos ali uma quantidade muito grande de pessoas morando em encostas. Já sabíamos que aquelas encostas poderiam ceder a qualquer momento e soterrar pessoas. 

Então, a gente precisa olhar para a meteorologia, olhar para essa previsão que não é absolutamente precisa e dizer "bom, temos um grande risco se aproximando" e tomar a ação preventiva.

A agricultura familiar precisa ser mais assistida, porque eles produzem a maior quantidade de comida que vai para no prato do brasileiro, que nos alimenta e eles estão muito mais fragilizados nesta questão de clima, porque exatamente não tem acesso a recursos tal qual grandes produtores latifundiários têm. 

É a desigualdade que vai ser acirrada com essa agenda de clima. Clima é uma máquina de produzir pobreza, é uma máquina de produzir desabrigados, é uma máquina de piorar o atendimento à saúde, é uma máquina de fazer com que programas sociais virem um enxugamento de gelo.

E quais são os protocolos que precisam ser implementados?

Vai depender de cada região e do problema que aquela região pode enfrentar. Mas você precisa primeiro informar para a população que ela está numa área de risco, ter um plano de evacuação de algumas áreas, estar preparado ou preparar os locais para receber essas pessoas, ter uma infraestrutura para lidar com o pior cenário. 

A gente precisa também ter um sistema simples de cenário de crise, sirene de alertas ou seja por meio eletrônico.

Agora nós temos também a solução que não é engenharia humana, que é engenharia natural. E isso precisa ser considerado, porque ela é a mais eficiente para tornar esses locais de risco fortalecidos para eventos extremos.

Nós temos várias imagens de Porto Alegre, outras cidades do Rio Grande do Sul, em que as áreas de mata ciliar, que são aquelas áreas que correm paralelas ao rio, foram totalmente invadidas e hoje você tem construção.

Essas áreas são fundamentais para drenar uma parte da água que está escorrendo para o rio, então elas funcionam como esponjas, para não deixar que aquela terra sofre assoreamento e aí diminua a capacidade do rio de transportar água.

Só engenharia humana, só engenharia civil não vai dar conta. A gente precisa dar engenharia da natureza, deixar a natureza refazer o equilíbrio que já existia nessas regiões. 

Tem muita tecnologia e exemplos ao redor do mundo. Mas esses exemplos todos têm uma coisa em comum, eles são implementados por países ricos, por países que têm uma outra realidade financeira que não é a nossa aqui. 

Então são cidades esponja no Japão, você tem diques e comportas na Holanda, então você tem situações de lidar com o aumento do mar no Reino Unido e em Nova York, o que essas cidades têm é capacidade de investimento de forma abundante.

Não vão ter essas mesmas circunstâncias no Brasil, né? 

No Brasil nós temos uma outra tecnologia, que é exatamente a tecnologia da natureza. Essas áreas elas têm como ficar muito mais fortalecidas você recuperando aquelas regiões que foram invadidas por nós.

Como você vê o Congresso diante desse cenário? Por exemplo, trazendo a PEC das Praias semanas após a crise no Rio Grande do Sul

A PEC de privatização das praias… O que ela vai fazer? Ela vai criar verdadeiros biombos de propriedades particulares no acesso à praia. 

Eu vi, inclusive, uma defesa, uma desculpa, ou sei lá, do filho do Bolsonaro, o Flávio, dizendo assim "ah, não, mas isso vai facilitar também a vida de algumas comunidades quilombolas e algumas comunidades ribeirinhas que existem de pescadores".

Uma PEC começa com um papel em branco e você escreve naquele papel o que você quer. Se você quiser beneficiar essas populações com a PEC, você escreve. Escreve o seguinte: tudo isso aqui vale apenas para essas populações. E não para os grandes empresários, e não para a exploração imobiliária, e não para a gente que invadiu a área pública sabendo que era invasão e esperando uma anistia, que é disso que se trata. 

É isso que eles estão fazendo no Congresso hoje, vendo toda a destruição que está acontecendo no Rio Grande do Sul e propondo que ela aumente de tamanho, porque para eles é só uma chuvinha, ou só uma gripezinha do mesmo jeito que foi na pandemia. 

O mar vai literalmente engolir áreas da costa, não apenas no Brasil, mas ao redor do mundo. Então primeiro, essas pessoas que vivem nessas regiões vão estar com a vida em risco e o que essa PEC faz é exatamente incentivar, não apenas que essas pessoas estão lá, fiquem lá, mas incentivar que outras pessoas procurem essas áreas,

E quais são as expectativas para a COP no Brasil?

Primeiro, é muito importante a gente entender que a COP no Brasil vai ser um momento importante porque a Conferência está desenhada para ter ali um encontro especial, onde os países vão chegar com metas novas.

Eu acho que finalmente vai se discutir o maior problema da crise climática que é a geração de energia via combustíveis fósseis. Então é isso que precisa estar na mesa.

A COP é no Brasil, não é do Brasil. A vantagem da gente estar na COP no Brasil são várias. Uma delas é que a gente tem a possibilidade, por exemplo, de ter uma nova agenda de mobilização da sociedade civil que nós não tivemos nas últimas conferências, Egito, Emirados Árabes, agora Afeganistão .

São países que não permitem essa mobilização e no Brasil nós já temos tradição de mobilização e os movimentos sociais estão bastante engajados na agenda.

Nós temos um presidente da República que essa história talvez fuja às pessoas, mas que ele é um refugiado climático. Antes a gente chamava as pessoas que fugiam da condição saíam da condição de seca, como retirantes, imigrantes, mas agora se dá esse nome de refugiados climáticos. 

Então nós temos um presidente que está no comando de um governo que vai sediar essa conferência, que sabe exatamente o que significa um clima extremo, sabe exatamente o quanto o clima afeta e traz sofrimento para a vida das pessoas. 

Isso é extremamente importante, porque o Brasil precisa se preparar em três níveis para essa conferência. Primeiro, como que ele vai chegar lá como país, dando o exemplo, e esse talvez seja o nosso grande legado, é liderar pelo exemplo.

O segundo, é como que o Brasil vai se comportar na agenda de negociação dos países, porque o país é um anfitrião, ele tem o poder de rumar uma agenda, porque ele acha que é correto, ou pelo menos pressionar a agenda para isso.

E a gente realmente espera que o Brasil tenha a coragem de colocar na mesa o debate sobre combustíveis fósseis.

Mesmo com o Brasil, tem todas essas intenções de explorar petróleo, a ciência já nos diz que não é mais possível isso, mas precisa colocar na mesa esse tema, inclusive para cobrar dos países mais ricos, porque é eles que precisam entregar a maior fatia de investimento e de sacrifício nessa agenda de corte de combustíveis fósseis. 

E a terceira agenda é das negociações em si, que aí depende muito menos do governo brasileiro e muito mais da sequência do que é construído.

Nós vamos ter o Afeganistão agora, que vai ter a COP número 29 anterior, a do Brasil, dependendo do que sair de lá, você tem um caminho mais livre para as negociações no Brasil.

Então a COP no Brasil a gente espera muito que ela vá desembaraçando esses nós e que ela vá trazendo esse tipo de resposta coletiva que o mundo precisa, mesmo porque tem uma coisa que nós não temos mais, que é o tempo. 

Antigamente a gente via esses desastres sendo previstos em relatórios, agora a gente abre a porta de casa e eles estão acontecendo ali logo na esquina.

Eles estão chegando cada vez mais perto, eles não esperam essas negociações de gabinetes. A vida real vai se impondo.
 


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Edição: Thalita Pires