Eleições mexicanas

México conclui apuração e confirma vitória de Claudia Sheinbaum com quase 60% dos votos

Candidata de esquerda obteve 35,9 milhões de votos; presidenta eleita deve continuar reformas do antecessor

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Claudia Sheinbaum, do partido Morena durante um comício de campanha no município de Alvaro Obregon, Cidade do México, em 16 de maio de 2024 - Yuri CORTEZ / AFP

Com 100% das urnas apuradas, o Instituto Nacional Eleitoral (INE) do México informou que Claudia Sheinbaum, a candidata de esquerda à presidência do México pela coalizão Sigamos Haciendo Historia, obteve a vitória oficial ao acumular 35,9 milhões de votos (59,75%). A digitalização das cédulas eleitorais foi concluída pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE) na tarde de quinta-feira (6).

De acordo com o órgão eleitoral, a líder da coalizão de esquerda formada pelos partidos Morena, Verde e Trabalhista aumentou sua vantagem sobre sua rival mais próxima, a candidata Xóchitl Gálvez, da coligação de direita que reuniu os partidos tradicionais Partido da Ação Nacional (PAN), Partido Revolucionário Institucional (PRI) e Partido da Revolução Democrática (PRD).

Gálvez recebeu 16,5 milhões de votos nas eleições de 2 de junho, o equivalente a 27,45% do total. O candidato do Movimiento Ciudadano, Jorge Álvarez Máynez, ficou em terceiro lugar com 6,2 milhões de votos, o equivalente a 10,32%.

Aprofundar as reformas constitucionais

Nesta quinta (6), a presidenta eleita do México se declarou a favor da abertura de um diálogo para revisar as reformas constitucionais pendentes e adiantou que deve se reunir com o presidente Andrés Manuel López Obrador no Palácio Nacional na próxima segunda-feira (10).  

“A proposta tem que ser avaliada e eventualmente aprovada”. Ela reforçou que “as propostas têm que ser ouvidas, têm que ser bem conhecidas pelo povo do México e podem ser abertas em um parlamento”.

Sobre a reforma do Judiciário, Sheibaum afirmou que ela deve discutida no momento oportuno: “Ninguém será afetado, e minha opinião é que um processo deve ser aberto para que a reforma seja bem conhecida”.

*Com Telesur e La Jornada

Edição: Leandro Melito