Benny Gantz, integrante do Gabinete de Guerra criado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu após os ataques de 7 de outubro, renunciou ao cargo neste domingo (9). O anúncio vem um dia após ação das Forças de Defesa de Israel que resgataram quatro reféns em Nuseirat, região central da Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, a operação também deixou 247 palestinos e mortos e quase 700 feridos. Três reféns israelenses também morreram na ação, segundo autoridade local.
No pronunciamento televisionado no qual anunciou a renúncia, Gantz afirmou que "Netanyahu está nos impedindo de avançar rumo a uma verdadeira vitória". Netanyahu reagiu à renúncia afirmando que "Israel está em uma guerra existencial em várias frentes. Benny, agora não é hora de abandonar a luta, é hora de unir forças".
O Gabinete de Guerra contava com o próprio Netanyahu, Gantz e o Ministro da Defesa, Yoav Gallant.
Considerado mais moderado que os outros integrantes do grupo, Gantz se mostrou favorável ao acordo de cessar-fogo apresentando pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
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A sigla de Gantz, Partido da União Nacional, também deixa de fazer parte da coalizão governista no Knesset, parlamento israelense. Com isso, a influência de partidos de extrema direita pode aumentar ainda mais no governo Netanyahu. Segundo o jornal britânico The Guardian, o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, que é de uma ala extremista, pediu para Netanyahu o cargo de Gantz no Gabinete de Guerra.
Edição: Raquel Setz