A Polícia Federal (PF) pediu o arquivamento do inquérito contra Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante um evento de campanha do então presidenciável.
A corporação reiterou que Adélio agiu sozinho e, portanto, foi o único responsável pelo ataque, no dia 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG). A PF já havia chegado a essa conclusão em maio de 2020, mas retomou as investigações para investigar a possível existência de outros envolvidos.
"Após retomada de investigações para identificar possíveis envolvidos no atentado contra o então candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro em 2018, a Polícia Federal concluiu que houve apenas um responsável pelo ataque, já condenado e preso", disse a PF em comunicado à imprensa, nesta terça-feira (11). Adélio está internado no Penitenciária Federal de Campo Grande desde 2018.
A corporação informou ainda que, durante as investigações, "outros possíveis delitos foram descobertos, relacionados a um dos advogados de defesa do envolvido no ataque, mas sem qualquer ligação com os fatos investigados". Um dos advogados teria ligações com uma facção criminosa.
"Comprovamos, sim, a vinculação desse advogado com o crime organizado, mas nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Com isso, encerramos essa investigação. Apresentamos ao Poder Judiciário hoje [terça-feira] esse relatório sugerindo, em relação ao atentado, o arquivamento", afirmou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em encontro com jornalistas em Brasília nesta manhã.
O relatório final foi apresentado a pedido do Ministério Público Federal. Agora, cabe à Justiça decidir se atende ao pedido de arquivamento ou se determina a continuidade do inquérito policial.
Edição: Thalita Pires