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Seleção feminina de natação que vai para Paris é a mais forte da história, diz Joanna Maranhão

Embora o Brasil ainda tenha poucas chances de ganhar medalha na modalidade, equipe atual é vista com grande expectativa

Ouça o áudio:

Maranhão detém o melhor resultado da natação feminina brasileira, 5º lugar em Atenas, 2004 - Foto: COB

Em 2004, mesmo sem conquistar medalhas nos Jogos Olímpicos de Atenas na natação feminina, o Brasil obteve, até hoje, o melhor resultado na modalidade, analisando o desempenho de todas as atletas que competiram. Foi na Grécia que o país conquistou a mais alta colocação alcançada por uma mulher na piscina: quinto lugar nos 400m medley, de Joanna Maranhão.

A nadadora é dona de oito medalhas em Pan Americanos, além de ter participado de quatro Olimpíadas, o que significa 16 anos no mais alto rendimento do esporte mundial. 

Maranhão está animada com a equipe feminina de natação que entrará nas piscinas de Paris em menos de dois meses. Segundo ela, é a “mais forte da história”, disse em entrevista ao programa Bem Viver desta terça-feira (11)

Este ano, o Brasil será representando por Maria Fernanda Costa, Gabrielle Roncatto, Beatriz Dizotti, Stephanie Balduccini, Ana Carolina Vieira, Giovana Reis e Maria Paula Heitmann, além da medalhista de ouro em 2021, em Tóquio, Ana Marcela Cunha, na Maratona aquática. A colega de competição dela é Viviane Jungblut.

A empolgação de Joanna Maranhão é contida. Embora veja como o melhor grupo da história, ela não crava que haverá medalhas, algo que seria inédito para a modalidade. 

A atleta considera a seleção de 2004 – ano em que ela participou de sua primeira Olimpíada, com 17 anos – a melhor equipe feminina do Brasil até agora. Naquela oportunidade, o Brasil esteve em três finais da modalidade.

“Eu estou vendo agora, 20 anos depois, isso está acontecendo de novo. A gente tem um grupo feminino muito forte, com uma capacidade de bater recorde de final. Medalha é mais complicado, mas não é impossível", projeta. 

Este ano o Brasil tem um fato inédito nas Olimpíadas. Considerado todo o corpo de atletas, são mais mulheres que homens. Pesa nesse sentido a desclassificação da seleção masculina de futebol, que é composta por 23 competidores.

Mesmo que o grupo estivesse nos Jogos, o quadro não iria se alterar, porque são 120 mulheres e 81 homens.

Joanna Maranhão comemora o resultado, e vai além.

“Não pode ser simplesmente o número de atletas mulheres, tem que ser qual é a estrutura que é oferecida para essas mulheres, quem são essas mulheres, qual é o legado para as mulheres que não chegaram aos jogos olímpicos ainda, mas que querem chegar”, ressalta. 

Maranhão segue atuando no esporte, acompanhando de perto debates e decisões das mais altas entidades envolvidas no tema. Atualmente ela mora na Europa. Desde 2022, ela está na Sports & Rights Alliance (Aliança entre Esportes e Direitos, em tradução livre), organização com foro mundial que busca garantir direitos humanos para quem pratica qualquer modalidade esportiva em todo o planeta.

Confira a entrevista na íntegra

Brasil de Fato: O Brasil vai ter 220 atletas este ano. Em 2020, em Tóquio, foram 302; e no Rio, em 2016, 465. Este ano será o número mais baixo desde Sydney, em 2000. O que explica essa redução?

Joanna Maranhão: Qualquer análise numérica ou quantitativa tem suas limitações. Mas eu acho que tem dois fatores quando eu penso nesse assunto. O primeiro é o fator pandemia. Eu desconheço alguma pesquisa científica que tenha olhado sobre isso, sobre esse prisma. 

Os países foram afetados diferentemente, os lockdowns também aconteceram diferentemente. Então, há atletas que se mantiveram treinando, outros que não. Que podem ter conseguido chegar a Tóquio no pico da sua performance ou não, e isso pode ter tido algum efeito sobre esse ciclo olímpico que não foi de quatro anos, foi de três anos, porque Tóquio não aconteceu em 2020, mas aconteceu em 2021. 

Então isso é um fato que eu acho que cabe para a gente levar em consideração, para tentar entender esse número.

Mas no olhar a longo prazo, quando a gente olha os países que sediaram os jogos olímpicos, desde o momento em que esse país decide sediar os jogos, já se começa todo um trabalho de fortalecimento das modalidades olímpicas, para que se obtenha um resultado melhor quando o país for sede.

Isso aconteceu com a Austrália, em Sydney, aconteceu com a Grécia em 2004, aconteceu com a China em 2008, aconteceu com a Inglaterra em 2012 e com a gente em 2016.

Desde quando a gente ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos, houve um crescimento de investimento, foi muito mais dinheiro, foi muito mais incentivo, atletas tinham mais subsídio para ir treinar fora. 

A gente teve um resultado muito bom em termos de quadro de medalhas no Rio 2016 e uma coisa que a gente vê é que, geralmente, tem um legado disso nos jogos após você sediar. Se você olhar como que a Inglaterra medalhou após 2012 foi bom, a China em 2012, após 2008, a Austrália em 2004, depois de 2000 e o Brasil em Tóquio, depois de sedeado em 2016, apesar de ter tido isso na pandemia.

Porém, se esse incentivo não é contínuo, o que a gente percebe é uma queda. É queda no quadro de medalhas e queda no número de participantes também.

Eu diria que a gente pode estar tendo um problema, e eu acho que Paris vai dizer isso para a gente pelo quadro de medalhas e pelo rendimento, se a gente não aproveitou como deveria o fato de ter sediado os Jogos Olímpicos para continuar esse bom momento que aconteceu em 2016 do que aconteceu em Tóquio. 

Muito provavelmente isso vai acontecer, eu já li algumas análises de jornalistas que acompanham todas as modalidades Olímpicas e é muito difícil que a gente chegue perto no quadro de medalhas aonde a gente esteve em Tóquio.

Vamos ver como o Comitê Olímpico Brasileiro vai analisar isso, os jogos ainda vão acontecer. A gente sabe que o esporte de alto rendimento hoje tem a sua imprevisibilidade, mas também é muito possível a gente prever, porque ele está, como eu falei, ultra profissional. 

Então quem tem chance de medalha, chega tendo chance de medalha, pode perder. Muito difícil alguém que está ali em décimo do ranking disputa medalha, é mais para disputar uma sem -final ou uma final, o que é incrível! Não estou querendo diminuir. 

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São mais mulheres que homens, 120 mulheres e 81 homens. Isso é inédito na história. A que você atribui isso? É um movimento? É uma vitória que talvez consolide o movimento que o Brasil está tendo de conseguir investir mais nas mulheres atletas?

Então, você falou de vitória e derrota, né? Eu acho que uma derrota muito grande que cabe análise e a gente não ter a eleição masculina de futebol classificada para os jogos olímpicos, né?

Nós somos o Brasil, nós somos os pentacampeões do mundo, a Copa do Mundo, a gente é campeão olímpico, então é absurdo, porque não falta investimento, não falta material humano, não falta recurso. Eu acho que essa Confederação tem que responder ao que aconteceu para não ter se classificado, porque a gente não está falando de chegar lá e não disputar medalhas Está falando de uma seleção que sequer se classificou. 

E aí, olhando para essa questão numérica, a gente fala muito de equidade de gênero e tal, mas é uma política do Comitê Olímpico Internacional que vem acontecendo há alguns anos.

Esse vai ser o primeiro Jogos Olímpicos com equidade, com o mesmo número de mulheres e homens em questão participativa. Então, é uma análise estritamente numérica. E quando a gente olha lá para trás, quando a gente vai fazer esse debate, esse recorte de gênero dos Jogos Olímpicos, lá atrás, quando os Jogos Olímpicos eram somente para homens e as mulheres sequer podiam participar, existia um grupo de mulheres que estava brigando para poder fazer esporte. 

Eu acho muito importante a gente pensar quem eram essas mulheres, eram mulheres brancas de classe média. É uma luta, é uma conquista, mas o espaço para participar foi oferecido para essas mulheres, e é por isso que eu acho que a gente tem que ter recorte de classe social e recorte de raça quando a gente fala de questão de gênero.

Então não pode ser simplesmente o número de atletas mulheres, tem que ser qual é a estrutura que é oferecida para essas mulheres, quem são essas mulheres, qual é o legado para as mulheres que não chegaram aos jogos olímpicos ainda, mas que querem chegar.

Mas o Comitê Olímpico Internacional está batendo muito nessa tecla, inclusive existem programas do COI que são voltados para esse incentivo de mulheres no movimento Olímpico.

Só que quando a gente fala de incentivo de mulheres no movimento Olímpico, estamos falando somente da participação de atletas. Quando a gente olha para pessoas em posição de poder, pode dizer, tipo presidente de federação internacional, presidente de Comitê Olímpico, treinadoras, a grande maioria ainda são homens e homens brancos. 

Então a gente precisa continuar lutando para um ganho de espaço que vá além do número, que seja uma coisa além dessa questão numérica. 

Eu acho que a gente no Brasil está sendo influenciado positivamente por essas ações. Até pouco tempo atrás o Comitê Olímpico Brasileiro tinha um departamento de gênero que foi liderado pela Isabel Swan e eu sei que a Isabel fez algumas políticas para incentivar isso.

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E olhando só para o Brasil, você sente que existiu um clima de proibicionismo de mulheres serem esportistas? Você enfrentou isso, Joana?

Eu acho que, se a gente fala em proibição, as pessoas que desacreditam na luta de gênero, elas vão falar, mas não tem nada escrito que mulheres não podem praticar esportes. 

Mas se a gente for olhar para a história lá na época do Estado Novo, por exemplo, a mulher sequer podia jogar futebol. A gente tinha um movimento do futebol feminino que era significativo e elas foram proibidas.

Historicamente, isso já aconteceu. Hoje mulheres podem, sim, praticar esportes, porém quais são as condições que são oferecidas para que essas mulheres pratiquem esporte? Qual é a estrutura?

A gente fala da fisiologia. A fisiologia tem uma diferença fundamental, e eu falo de quando eu entrei na seleção, era muito dito para mim que eu tinha que treinar como homem.

E eu tinha esse entendimento de que o treinar como homem era tolerar fisicamente grandes metragens, intervalos muito curtos e dores musculares, para eu poder chegar competitiva.

Passa-se um tempo e aí eu percebo as pessoas falando: "Joana treina mais que homem". E eu falei: “Eu não estou treinando como homem ou mais que homem, eu só estou indo até o meu limite porque eu sei aonde eu quero chegar e isso é uma coisa minha, não tem nada a ver com gênero”.

Então, só aí você percebe como são essas nuances desse sexismo dentro do esporte. 

E eu me lembro também em algumas ocasiões que tinham até alguns meninos que não gostavam de treinar comigo porque eu chegava na frente deles, eles falavam "pô, é muito ruim ficar tomando pau de mulher no treino". Você vê como isso afeta também os próprios homens, né?

A seleção feminina de natação que está indo para Paris, na minha opinião, é a equipe feminina mais forte da história. Até então, a gente tem a equipe de 2004, que foi a minha primeira participação olímpica, em que eu fiz duas finais.

A Flávia [Delaroli] foi final nos 50 [metros] livre… Ali foi a nossa melhor participação. A gente fez final, fez semifinal, não tivemos medalha, mas foi o único Jogos Olímpicos em que a natação feminina do Brasil teve um resultado melhor do que a masculina. 

A masculina estava naquela transição de Gustavo [Borges] e Fernando [Scherer] nos últimos Jogos Olímpicos, não tão competitivos como em Sydney. Tiago Pereira ainda tava chegando. E a natação feminina chegando ali comigo, Mariana Brochado, Flávia Delaroli, enfim…

Ali se perdeu uma oportunidade de se fazer com que a natação feminina evoluísse, não estrutura para Joana, para Flávia, mas para a natação feminina, pensando nela como um conjunto. 

E eu estou vendo agora, 20 anos depois, isso está acontecendo de novo. A gente tem um grupo feminino muito forte, com uma capacidade de bater recorde de final e de final. Medalha é mais complicado, mas não é impossível. 

Você acha isso um erro? Essa opção de focar os investimentos em determinados atletas?

Então, é um pouco disso, sim, a gente sabe que o Comitê Olímpico Brasileiro tem uma análise de quem são os potenciais medalhistas olímpicos de cada esporte, é literalmente uma lista para ver quem está melhor no ano olímpico. 

É óbvio que, por exemplo, Ana Marcela Cunha, que foi campeã olímpica em Tóquio, vai ter uma estrutura disponível para ela e tudo o que ela solicitar vai ser oferecido,porque estamos falando de uma super-atleta que é campeã olímpica. 

Eu não estou falando que o que é oferecido para Ana Marcela tem que ser oferecido para todo mundo. Não, tem uma diferença. Mas o que eu falo ali de 2004, a gente vinha de uma gestão da CBDA que era extremamente ditatorial, a gente não tinha muito acesso aos critérios, na época a gente tinha aquele patrocínio dos Correios e nunca ficou claro para a gente quem ganha quanto.

Então era meio que uma política de cada um por si, sabe? E o que foi o diferencial naquele grupo de Atenas, [foi] todas aquelas meninas estavam indo para os Jogos Olímpicos pela primeira vez, então estavam todas em pânico de realizar o nosso sonho e o que a gente tinha era umas às outras assim. 

Foi muito bonito o sentimento interno e o cuidado que nós tivemos umas com as outras assim. E eu não estou falando daquela sororidade em que você finge que você é amiga, não. A gente tinha as nossas diferenças e a gente respeitava, mas a gente enxergava para além daquilo.

Então, foi muito bonito perceber que aquilo foi uma coisa nossa. Aquilo não foi liderado pela CBDA, não foi liderado por treinador nenhum, até porque eram todos homens. Foi uma coisa nossa mesmo. 

Eu lembro que no primeiro dia, quando eu fui nadar à eliminatória do 400 Medley, a Paula Baracho, que é uma recifense que estava morando em São Paulo, ela acordou e falou "como você está? Eu falei, "eu estou bem, mas eu estou um pouco nervosa". Ela falou, "Escuta uma música".

Ela foi tomar café comigo, foi até a piscina comigo… Coisas simples assim, mas é tipo, você está ali para aquela pessoa, né? 

No dia do 4 por 200 Livre, nós aquecemos as três juntas e fomos pro balizamento juntas.

E a Mariana Brochado estava se sentindo um pouco insegura. Ela falou, "Eu prefiro aquecer sozinha". E a gente respeitou aquele momento dela, mas na hora que chegamos no balizamento, eram as quatro do Brasil sabendo que cada uma dando o seu 100 % a gente ia fazer final histórica daquele revezamento.

Então existe um poder muito grande, e eu não falo isso como clichê, quando mulheres se unem e eu vivi isso. Então eu estou vendo isso de novo nessa geração dessas meninas que tem uma torcendo pela outra, mesmo elas competindo.

É muito bonito de ver e eu quero muito que isso seja explorado positivamente, para um legado que vá para além de Paris.


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Edição: Rodrigo Chagas