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Festas juninas pelo país mantêm memória de migrantes, ao mesmo tempo em que celebram outros nordestes possíveis

Pesquisadora realizou doutorado sobre transformações do cordel pelo país e como cultura nordestina foi apropriada

Ouça o áudio:

Apresentação da Quadrilha Junina, Formiga da Roça, em Brasília, durante o Campeonato Brasileiro de Quadrilhas Juninas, também conhecido como Brasileirão de Quadrilhas. - Marcello Casal JrAgência Brasil

No mês de junho, o país se veste de tons terrosos. As paredes de barro e pau a pique se somam ao chapéu de palha e às roupas de couro. Tudo decorado com bandeirinhas e uma fogueira montada, esperando o sanfoneiro soar o primeiro baixo para ser acessa.

A estética das festas juninas se espalha pelo Brasil inteiro, independentemente da distância do Nordeste do país.

Embora, de fato, todos esses elementos retratem em alguma medida a região do país, muito disso conta de um Nordeste que não está mais presente para as gerações mais novas. 

"Alguns dos meus entrevistados no Rio de Janeiro tinham se mudado para lá nos anos 1970, e não voltaram mais ao Nordeste desde então. Então aquilo que eles iam buscar na feira de São Cristóvão era o Nordeste dos anos 1970, tinha uma coisa de nostalgia, tinha uma coisa de saudade, de memória, que era a memória deles, que não foi o Nordeste que eu vivi, porque eu nasci no final de 1989", conta a pesquisadora Gislene Carvalho, em entrevista ao programa Bem Viver desta quinta-feira (13), dia de Santo Antônio.

Ela se refere ao seu trabalho de doutorado que se aprofundou na história do cordel e na disseminação dele pelo Brasil. Carvalho escolheu como um dos focos de pesquisa a tradicional feira de São Cristóvão, na capital carioca, justamente por ser conhecida por ser um Nordeste no Rio de Janeiro.

"Eu tenho memória dos anos 1990 e 2000, já com o primeiro governo Lula, que transforma significativamente a imagem do Nordeste inteira, as experiências do Nordeste. Então, aquele Nordeste que eu encontrei lá na Feira de São Cristóvão, para mim não tinha significado nenhum".

Cearense, Gisele Carvalho se formou na federal do estado em jornalismo e foi para Natal realizar o mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em Minas Gerais, concluiu o doutorado e, hoje, vive em São Luís, onde trabalha como professora adjunta do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

As experiências longe da sua cidade natal contribuíram para ela compor o imaginário das festas juninas pelo país. Segundo Carvalho, dentro do próprio Nordeste há uma institucionalização dessa imagem "congelada" nos anos 1970, fugindo, às vezes, da própria realidade do local.

"Hoje mesmo, por exemplo, aqui em São Luís, eu recebi o convite da Festa Junina da escola do meu filho e o convite é a própria caatinga. É um cenário marrom com algumas coisas um pouco alaranjadas e cactos. Isso aqui no Maranhão, o último estado do Nordeste antes de chegar no Norte. O Maranhão é super úmido. Não é isso que estava no convite", comenta.

"E ok, tudo bem. Não estou dizendo que isso é um problema. Eu também tinha que entender que o meu Nordeste não era o Nordeste absoluto. Não é o único Nordeste possível".

Embora ache o processo parte do jogo, a professora comenta como foi impactada ao chegar na feira de São Cristóvão e ver que a apresentação ao vivo do violeiro continham músicas de uma famosa dupla sertaneja do Sudeste.

"Também tinham transformações absurdas! Um dia eu cheguei lá pra ver uma cantoria de viola, cheguei lá e aí a música que tava tocando e era Victor e Leo. De fato é sertanejo, mas que sertanejo é esse, né? Posso dizer que não é? Não, até porque até que o meu papel ali era olhar e tentar entender o que esses fenômenos estavam me dizendo", comenta.

Na entrevista, Carvalho também comenta sobre as transformações do cordel ao longo de mais de um século de história.

"Eu acho que a grande transformação que a gente está vivenciando no cordel, hoje, não é a presença das mulheres, mas é a visibilidade da presença das mulheres que já existe, desde que o cordel existe, mas que eram silenciadas."

Sobre as transformação do São João e cordel, a professora acha um ponto em comum que, provavelmente, relaciona-se com outras tantas manifestações espalhadas pelo país mais além do Nordeste.

"Se fala muito assim que a gente tem que preservar a cultura, a gente tem que preservar a festa junina, a gente tem que preservar o cordel… E como é que a gente preserva? É aprendendo a lidar com as mudanças, aprendendo a se adaptar ao que o mundo oferece de formatos novos, de possibilidades novas e de convocações novas, sendo que o mundo convoca a gente."

Confira a entrevista na íntegra

O que veio antes, o cordel ou o São João, professora? 

Olha, eu acho que é semelhante a história do ovo e da galinha mesmo. A gente tem essa pergunta sobre origem e acaba sempre trazendo esse tipo de ideia, sempre tem uma coisa que vem antes ou vem depois, e no fim das contas vem tudo meio que junto e de lugares diferentes também.

Essa experiência da relação do cordel com São João, aqui no Nordeste, não está em todos os estados. A própria experiência de festas juninas, de comemoração dos santos juninos, não necessariamente estão relacionadas ao cordel.

Então, eles são coisas cujas origens partem de lugares, de tempos diferentes, de temporalidade diferente. Mas, se a gente for pensar em uma história da festa junina, a minha leitura é de que ela teria vindo antes.

Porque é uma festa que, a princípio, dialoga experiências católicas e pagãs. É a festa de três santos, que aqui no Maranhão são quatro santos. Já o cordel nasce bem de uma experiência nordestina.

Essa festa junina vem de outras vivências católicas também, coloniais e colonizadoras também.

Com relação ao cordel… esse cordel que a gente conhece, hoje, é nordestino. A gente tende, às vezes, a relacionar ele com origem ibérica. Tem contribuições, grandes contribuições ibéricas, mas ele não é necessariamente português, como a gente costuma aprender na história oficial.

Ele se integra ali como uma das atividades nessas festas, nesses espaços do festejo junino. Enquanto eu converso aqui eu vou vendo a imagem da festa do São João de Campina Grande, que é uma festa muito grande, é uma festa muito bonita e que tem vários espaços em que se vivenciam manifestações artísticas culturais do Nordeste, das mais várias formas, da comida, da dança, da música, e também da experiência do cordel. 

As imagens da xilogravura, que a gente também costuma chamar de cordel, numa linguagem mais de senso comum, fazem parte dos cenários da festa junina de Campina Grande, do Ceará também, por exemplo, que é meu estado, onde eu vivenciei mais festas juninas. A gente tem muito dessa estética do cordel. 

Mas acredito que se for para marcar uma linha do tempo, pensar nessa linearidade, acho que o São João veio antes do cordel.

Na sua tese de doutorado você analisa o cordel em Campina Grande, mas, também, no Rio de Janeiro, na Feira de São Cristóvão. Por que essa decisão? A ideia era mostrar como a cultura nordestina se disseminou pelo Brasil? Ou problematizar a apropriação cultural que costuma acontecer nesses ambientes?

Eu fui por esses dois motivos que você elencou. É tanto pra pensar essas transformações, esse agregar de novas experiências, essa relação que é dialética, que recebe contribuições, que deixa contribuições por onde passa. 

E também para não ficar restrita aos Nordeste brasileiro É muito comum o cordel ser associado, imediatamente, ao Nordeste. Porque é onde ele é mais pulsante, é onde ele acontece com mais frequência, é onde é mais fácil de encontrar. 

Mas a gente sabe que ele não está só no Nordeste, né? Ele está espalhado pelo país. Então, me interessava ver também essas outras experiências espalhadas pelo país, 

Eu escolhi um lugar fora do Nordeste pra ver que cordel é esse que se vivencia no Brasil, fora do Nordeste. 

Esse cordel do Rio de Janeiro ainda está muito atrelado à experiência nordestina, porque lá na Feira de São Cristóvão é uma feira de tradições nordestinas.
 
A feira marca muito forte essa questão da origem, da origem geográfica. Ela está no Rio de Janeiro, mas ela é uma feira nordestina.

Na minha discussão sobre, especificamente, São Cristóvão me interessou muito nessa perspectiva das transformações, ver como se queria segurar [na feira] com tanta força de tradição, que nem era mais vivenciado aqui no Nordeste, se prendia a um passado tão precioso, tão encapsulado que ele não tinha representação na realidade do Nordeste atual.

Ao passo em que também tinham transformações absurdas! Então, um dia eu cheguei lá pra ver uma cantoria de viola, cheguei lá e aí a música que tava tocando e era Victor e Leo.

De fato é sertanejo, mas que sertanejo é esse, né? Posso dizer que não é? Não, até porque até que o meu papel ali era olhar e tentar entender o que esses fenômenos estavam me dizendo.

Nas três vezes que eu fui na feira, em momentos diferentes do ano, eu encontrava bandeirinhas de São João. Um cenário muito associado a esse cenário da festa junina. Porque o Nordeste estava muito atrelado a essa coisa da festa junina, das cores dos tons terrosos.

Então, assim, tinha muita imagem de barro, muito lugar com as paredes meio que de barro, esse barro mais aparente…

Hoje mesmo, por exemplo, aqui em São Luís, eu recebi o convite da festa junina da escola do meu filho e o convite é a caatinga. É um cenário marrom com algumas coisas um pouco alaranjadas e cactos.

Isso aqui no Maranhão. O Maranhão é o último estado do Nordeste antes de chegar no Norte. O Maranhão é super úmido. Não é isso que estava no convite.

E ok, tudo bem. Não estou dizendo que isso é um problema, nem estou dizendo que essa é a única forma de São João, não é a única forma. 

Mas é uma das formas e é uma forma que a gente se lembra imediatamente quando fala em São João.

E voltando para a tese… Me interessava olhar no Rio de Janeiro, o que foi levado do Nordeste para lá, e o que permanecia. Alguns dos meus entrevistados lá no Rio de Janeiro tinham se mudado para lá nos anos 1970, e não voltaram mais ao Nordeste. Então aquilo que eles diziam, que eles iam buscar da feira de São Cristóvão, era o Nordeste dos anos 1970, tinha uma coisa de nostalgia, tinha uma coisa de saudade, de memória, que era a memória deles, que não foi o Nordeste que eu vivi, porque eu nasci no final de 1989.

Eu tenho memória dos anos 1990 e 2000, já com o primeiro governo Lula, que transforma significativamente a imagem do Nordeste inteira, as experiências do Nordeste. 

Então, aquele Nordeste que eu encontrei lá na Feira de São Cristóvão, para mim não tinha significado nenhum.

Mas, eu também tinha que entender que o meu Nordeste não era o Nordeste absoluto. Não é o único Nordeste possível. 

E o cordel? Como ele se transformou saindo do Nordeste? Ou como ele se transformou dentro da própria região?

Olha, lá no final da minha tese, eu trago um sentimento, e é óbvio que é um sentimento baseado em todo esse trajeto acadêmico de investigação.

Mas eu termino a tese com uma ideia de que a grande transformação do cordel está sendo levantada e conduzida pelas mulheres no cordel.

O cordel foi a história do cordel, a história oficial. Vinha dizendo que o cordel era uma poesia masculina, que era uma poesia conservadora e realmente teve muito mais visibilidade a poesia dos homens, essa poesia conservadora. 

E não é verdade que só existiam homens e que só existiam discursos conservadores. As mulheres também escreviam, também publicavam, às vezes assinavam nomes de homens porque não podiam publicar com seus próprios nomes, ou então tinham suas histórias apagadas, silenciadas. 

Então, eu acho que a grande transformação que a gente está vivenciando no cordel, hoje, não é a presença das mulheres, mas é a visibilidade da presença das mulheres que já existe, desde que o cordel existe, mas que eram silenciadas. 

E aí essas mulheres, quando elas vêm pro cordel, elas vêm dizer que "olha, eu vim realmente para trazer aqui as nossas contribuições, os nossos posicionamentos, a nossa luta política e os temas que nós quisermos trazer, falar sobre o que quer que seja".

E aí você tem, por exemplo, a Jarid Arrais, que tem um cordel que é baseado no Sartre. Você tem a reescrita do mito de Pandora pela Júlia Oliveira.

E tantas outras poetas, a Salete Maria, que traz conteúdo do direito no cordel. Então,

São os conteúdos que mudam, são os meios de divulgação. O cordel hoje está na rede social. O cordel está no Instagram, o cordel está no TikTok, mas também está no folheto. 

A grande definição do cordel está na métrica, rima e ritmo, uma questão mais da forma da poesia. 

Eu olhando como pesquisadora, eu não faço cordel, eu não escrevo, não declamo, mas eu, quando olho para o cordel, o que eu vejo vai além dessa métrica, além dessa questão mais material, ele está relacionada à estética, à experiência, ela está relacionada àquilo que as pessoas chamam de cordel, o que as pessoas experienciam com o cordel.

Então essas experiências, dessas mulheres que estão aí convocando mudanças, convocando novos significados, convocando novas histórias do cordel…. elas contam as histórias delas contando a história do cordel.

Se fala muito assim que a gente tem que preservar a cultura, a gente tem que preservar a festa junina, a gente tem que preservar o cordel… E como é que a gente preserva? É aprendendo a lidar com as mudanças, aprendendo a se adaptar ao que o mundo oferece de formatos novos, de possibilidades novas e de convocações novas, sendo que o mundo convoca a gente.


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Edição: Thalita Pires