Os professores das universidades e dos institutos federais de ensino superior decidiram encerrar a greve, em assembleia finalizada na noite deste domingo (23), pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). A paralisação começou no início de abril.
A decisão foi tomada depois que a maioria das assembleias estaduais votaram a favor das propostas feitas pelo governo Lula (PT). A categoria deve assinar os termos de acordo, na próxima quarta-feira (26), junto ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI) e ao Ministério da Educação (MEC).
O fim da greve, no entanto, não implica diretamente no retorno às aulas. Cada universidade e instituto federal tem a autonomia necessária para decidir quando termina o primeiro semestre letivo e quando inicia o segundo. Algumas pretendem voltar já nesta semana. Outras, no máximo, até 3 de julho.
Poucas horas antes, ainda neste domingo (23), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) também decidiu encerrar a greve. A entidade representa os docentes e técnico-administrativos que trabalham nos colégios federais, como o Colégio Dom Pedro II, que fica no Rio de Janeiro, e nos institutos federais que ofertam cursos técnicos para os jovens do ensino médio.
Os técnico-administrativos da educação superior da rede federal, no entanto, continuam em greve. A Federação de Sindicatos de trabalhadores técnico-administrativos em educação das instituições de ensino superior públicas do Brasil (Fasubra), que representa a categoria, pediu uma nova rodada de negociações ao em documento enviado ao MGI e ao MEC, no último dia 21.
No ofício, a entidade afirma que “a partir do retorno de consulta feita à base, solicita melhorias na proposta apresentada pelo governo, continuidade do diálogo e agendamento de novas reuniões, para definição dos pontos apresentados”.
Edição: Nathallia Fonseca