O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, se reuniram nesta quarta-feira (3) na Cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX). O líder russo declarou que as relações de parceria estratégica entre Moscou e Pequim estão vivendo "o melhor período da sua história".
No início da reunião, o líder russo destacou que Moscou e Pequim estão implementando consistentemente o plano de cooperação econômica até 2030, observando também que há uma dinâmica positiva no comércio mútuo entre os dois países no primeiro semestre de 2024. É a segunda reunião entre Putin e Xi Jinping em menos de dois meses.
"As relações russo-chinesas de parceria abrangente e interação estratégica estão vivendo o melhor período da sua história; são construídas sobre os princípios de igualdade, benefício mútuo e respeito pela soberania de cada um", enfatizou Putin.
Ao falar sobre o papel da Organização de Cooperação de Xangai, cuja cúpula está sendo realizada em Astana, capital do Cazaquistão entre os dias 3 e 4 de julho, Putin indicou que esta organização é um dos pilares fundamentais de uma ordem mundial multipolar justa.
"É claro que apoiaremos a presidência chinesa da OCX em 2024-2025", ressaltou o chefe de Estado russo. Vladimir Putin também expressou esperança de que o líder chinês participe na cúpula do BRICS, que será realizada na cidade russa de Kazan, em outubro.
Putin também teve um encontro bilateral com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em paralelo à cúpula. Durante a reunião, Putin afirmou que, "apesar de todas as dificuldades do momento atual no mundo, as relações entre a Rússia e a Turquia estão se desenvolvendo progressivamente".
O líder russo observou que está em contato constante com Erdogan e troca opiniões com ele sobre a situação no mundo. Anteriormente, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, havia antecipado que a guerra da Ucrânia estaria na agenda das conversações entre Putin e Erdogan.
“É claro que se falará sobre todas as questões que são de interesse mútuo. Em primeiro lugar, são relações bilaterais, mas é claro que é improvável que os presidentes sobrevivam sem os assuntos sírios e ucranianos”, disse Peskov.
Edição: Rodrigo Durão Coelho