A terceira edição do Encontro Nacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) inicia neste sábado (6), na cidade de Natal (RN). Desta vez, o evento traz como tema a contribuição da militante feminista Nalu Faria, fundadora da organização, que morreu no ano passado aos 64 anos. Ela estava em tratamento por insuficiência cardíaca. O encontro reunirá mil mulheres dos vinte estados onde o movimento está presente.
O encontro será dividido em três eixos principais: leitura da conjuntura, construção de alternativas e organicidade. Nos 20 estados onde o movimento se organiza, estão sendo realizados encontros de formação e preparação, com rodas de conversa, mutirões, debates, feiras e batucada.
Para o movimento, os encontros nacionais são importantes para debater e aprofundar os campos de ação da Marcha frente aos desafios da conjuntura. Entre os temas a serem debatidos estão: salário mínimo, soberania alimentar, luta antirracista, corpos e sexualidades livres, educação não sexista, além da solidariedade feminista internacional entre os povos.
Para o 3º Encontro Nacional, a MMM busca alternativas para pensar um novo panorama e retomar o debate sobre estratégias diante de uma ofensiva conservadora que se apresenta em crescimento no Brasil e no mundo.
Discutir os rumos do movimento e as formas de organização também é necessário para um resgate coletivo da história da Marcha, que nasceu no ano 2000 com o intuito de construir um feminismo popular e antissistêmico.
Além disso, o encontro é parte da construção da 6ª Ação Internacional da MMM, que ocorrerá em 2025, com o lema Seguiremos em Marcha contra as guerras e o capital, por soberanias populares e bem viver.
“O encontro vai acontecer em um momento importante da conjuntura nacional e internacional porque a gente percebe uma mudança nessa tensão de conjunturas. Precisamos nos manter nas ruas porque a luta não para. São mil mulheres vindas de todo o Brasil e também com uma representação internacional, demonstrando a força que nós temos. Enquanto movimento, nós temos muito a construir e colaborar para mudar o mundo e a vida das mulheres”, afirma Adriana Vieira, da coordenação nacional da Marcha Mundial das Mulheres e militante do movimento no Rio Grande do Norte.
Fonte: BdF Bahia
Edição: Gabriela Amorim