Eleições

Movimentos populares se reúnem com ministros em prévia de encontro com Lula em julho

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, pediu união para conter o avanço da extrema direita no país

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
"Esse encontro com o presidente tem que sinalizar que haverá mudança na relação e na disputa ideológica na sociedade", disse Rodrigues, do MST - Priscila Ramos

Movimentos populares e centrais sindicais se reuniram, nesta sexta-feira (5), com os ministros Márcio Macedo, da Secretaria Geral da Presidência, e Wellington Dias, do Ministério do Desenvolvimento Social. O encontro foi uma prévia da audiência que as organizações terão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve ocorrer em 12 de julho, em Brasília, ou 20 de julho, em São Paulo.

A presidenta do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, também esteve no encontro e pediu que os movimentos, centrais e o partido se unam para conter o avanço da extrema direita no país. 

"O povo brasileiro nos deu uma oportunidade de voltar a governar esse país, não podemos deixar a extrema direita ganhar as eleições em 2026. Esse time que está aqui foi a pedra que impulsionou nossa vitória em 2024 e será a resistência até 2026", afirmou Hoffmann.

Macedo pediu que os movimentos levem para o encontro com Lula "propostas e reflexões que ajudem o governo a refletir o país e resolver os problemas do povo". "Está em disputa no país os valores da democracia e não podemos permitir que o fascismo avance", completou.

Dias pediu atenção especial na corrida eleitoral de 2024. "Precisamos organizar nosso campo político para ir às ruas. A eleição será fundamental para nos projetarmos para 2026 e para levar ao povo o que o governo tem feito."


João Paulo Rodrigues, da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, e o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social / Priscila Ramos

Anfitrião do encontro, João Paulo Rodrigues, da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), disse: "o presidente Lula avançou muito, transformou o país, mas o setor organizado não tem conseguido ter um de diálogo com o núcleo dirigente do governo e não há uma construção de agenda para os movimentos populares que trate de racismo, reforma agrária, juventude, enfim...". "Esse encontro com o presidente tem que sinalizar que haverá mudança na relação e na disputa ideológica na sociedade", arrematou.

O MST terá um encontro à parte com Lula, em data a ser definida. Rodrigues lembrou que "esse é um compromisso histórico do presidente, mas que não apareceu ainda neste governo, na prática. Por isso, temos que fazer esse encontro."

"O objetivo desse nosso encontro é preparar a reunião com o presidente Lula. Essa reunião é importante para alinhar nossa estratégia, porque é ano eleitoral e a extrema direita precisa ser combatida", disse Simone Nascimento, co-deputada estadual do mandato coletivo Bancada Feminista (Psol) e coordenadora do Movimento Negro Unificado de São Paulo (MNU-SP).

Edição: Martina Medina