Na véspera do encerramento do 3º Encontro Nacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) “Nalu Faria”, mais de mil feministas de todo o país caminharam pelas ruas de Natal (RN) na segunda-feira (8) em um ato que defendeu a soberania sobre seus corpos. O encontro ocorre na capital potiguar desde sábado (6) até esta terça-feira (9).
A manifestação foi construída em parceria com outras organizações populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e a Central de Movimentos Populares (CMP).
A mineira Bernadete Esperança, integrante da Executiva Nacional da MMM, destaca o encontro como um espaço fundamental para debater a conjuntura e alinhar uma agenda de lutas e resistências das mulheres. "Na rua, durante o ato, dá pra gente ver as pessoas concordando com as palavras de ordem que a gente fala, cantando junto as músicas. Acho que essa parte do diálogo com a população, a partir de uma ação também, é algo importante como método de diálogo com o povo."
Mobilização nacional
O encontro está focado em fortalecer o movimento feminista no Brasil, e por isso, agrega mulheres de cerca de 20 estados brasileiros. As mulheres se reúnem ainda para debater a construção de uma agenda comum na luta por políticas públicas e direitos para as mulheres.
Outro foco do encontro é a construção da 6ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que será realizada em 2025. Nessas atividades, mulheres de todo o mundo promovem jornadas de lutas em seus territórios e reafirmam o caráter internacionalista de sua atuação.
O encontro também conta com a participação de representantes estrangeiros da Marcha Internacional. A Marcha Mundial das Mulheres surgiu entre o fim da década de 1990 e o começo de 2000, a partir de uma articulação internacional de organizações feministas. Atualmente, está presente em 20 estados brasileiros, e se define como um movimento internacional, anticapitalista, antineoliberal, antirracista e antiLGBTfóbio.
Edição: Nathallia Fonseca