A inflação no mês de junho foi menor do que a do mês de maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês passado, divulgado nesta quarta-feira (10), foi de 0,21%. No mês anterior, esteve em 0,46%.
Nos últimos 12 meses, porém, o índice oficial de inflação no país acumula alta de 4,23%. Com isso, aproxima-se do teto da meta estabelecida para ele em 2024: até 4,5%.
Essa meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), controlado por membros do governo. Ela é de 3% ao final de 2024, mas com margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Ou seja, de 1,5% a 4,5%.
Em maio, a inflação de 12 meses era de 3,93%. Em março, 3,69%.
Quando a inflação se distancia do centro da meta fixada, a tendência é que o Banco Central (BC) altere a taxa básica de juros, a Selic, para tentar corrigir a trajetória do índice.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem reivindicando a redução da Selic. Ela, contudo, tem caído menos do que o esperado porque o BC afirma que a inflação no Brasil dá sinais de que pode subir.
Alimentos
Em junho, a inflação foi influenciada principalmente pelos alimentos e bebidas, que subiram 0,44%. Aumentaram a batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%).
Os itens de saúde e cuidados pessoais tiveram alta de 0,54% no mês. Perfumes aumentaram 1,69% em junho.
Por outro lado, os transportes evitaram uma inflação maior ao registrar uma deflação de 0,19% no mês. Isso é resultado das quedas de preços de passagens aéreas (-9,88%), óleo diesel (-0,64%) e gás veicular (-0,61%).
Em 12 meses, os alimentos subiram 4,71% no país – ou seja, acima do índice geral. Itens de saúde e cuidados pessoais subiram 6,09%, puxados pelo reajuste dos planos de saúde, e de educação, 6,93%, por conta dos reajustes das mensalidades escolares.
*Com informações da Agência Brasil
Edição: Nathallia Fonseca