ELEIÇÕES NOS EUA

Lula e outros líderes mundiais rechaçam violência contra Donald Trump

Candidato republicano foi alvejado na orelha durante comício em Butler, na Pensilvânia

São Paulo, SP |
O presidente chinês Xi Jinping expressou "compaixão e simpatia" por Trump após o atentado - GREG BAKER / AFP

Líderes mundiais usaram as redes sociais para rechaçar a violência sofrida pelo ex-presidente estadunidense Donald Trump e prestar solidariedade. O apoio veio de todos os campos do espectro político.

Na rede social X, o presidente Lula da Silva afirmou que "O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável".

O presidente venezuelano Nicolás Maduro também se manifestou. Apesar de a Venezuela sofrer com o bloqueio econômico dos Estados Unidos, que foi endurecido durante o governo Trump, Maduro repudiou o atentado, fez votos de pronta recuperação a Trump e ainda desejou paz e tranquilidade ao povo dos Estados Unidos.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês informou que o presidente Xi Jinping expressou sua “compaixão e simpatia” por Trump.

Já o ultradireitista Javier Milei, presidente da Argentina, usou as redes sociais para espalhar desinformação e teorias da conspiração acerca do atentado. Ele afirmou que a "esquerda internacional" está recorrendo ao terrorismo, e republicou uma série de postagens com o mesmo teor, mesmo sem nenhuma prova - o suspeito de ser o autor dos disparos, Thomas Matthew Crooks, era filiado ao Partido Republicano, mas havia doado US$ 15 para um grupo que encoraja liberais a votarem. Ele foi morto pelas forças de segurança e a motivação do atentado continua desconhecida. Milei também republicou postagens que criticam a cobertura da mídia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desejou pronta recuperação a Trump e prestou condolências à família do participante do comício que foi morto. "Quero que a América emerja mais forte", afirmou na rede social X.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não se manifestou. A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, usou o atentado para criticar a política externa dos Estados Unidos. Ela questionou se, em vez se enviar armas para a Ucrânia, os EUA não deveriam "usar este dinheiros para financiar a polícia americana e outros serviços que supostamente devem garantir lei e ordem dentro dos Estados Unidos?". 

Líderes da União Europeia e representantes da ONU também condenaram a violência política e prestaram solidariedade a Trump.

 

Edição: Raquel Setz