Possibilidade

Biden admite possibilidade de renúncia à candidatura em caso de indicação médica

O congressista Adam Schiff se tornou o democrata de mais peso a pedir a renúncia de Biden nesta quarta-feira (17)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

No dia 11 de julho, Biden reafirmou a manutenção de sua candidatura à Casa Branca - Erin Schaff/AFP

O presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição pelo partido Democrata, Joe Biden admitiu nesta quarta-feira (17) pela primeira vez a possibilidade de renunciar à sua candidatura, no caso de uma decisão médica. 

Em uma entrevista com Ed Gordon, da BET News, Biden disse que reavaliaria sua permanência na chapa democrata se recebesse recomendação médica. “Se eu tivesse algum problema de saúde que surgisse, se alguém, se os médicos viessem até mim e dissessem: 'Você tem este problema, aquele problema'.”

O congressista Adam Schiff se tornou nesta quarta-feira (17) o democrata de maior peso até agora a pedir publicamente a Biden que retire sua candidatura à reeleição. Em declaração ao Los Angeles Times, Shiff lhe pediu que "passe o bastão".  

O californiano é um dos membros mais influentes do partido. Foi presidente do comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes quando os democratas tinham a maioria em 2019 e se tornou famoso como promotor durante o primeiro julgamento de impeachment do então presidente Trump. Schiff também manifestou a preocupação do partido com a saúde e a acuidade mental de Biden, sobretudo desde seu péssimo desempenho em um debate televisionado contra Trump em junho no qual ele ficou confuso várias vezes. 

Na última quinta-feira (11),diante dos questionamentos sobre suas condições de saúde e agilidade mental,  Biden, de 81 anos, concedeu coletiva de imprensa no encerramento da Cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Washington, em que reafirmou a manutenção da candidatura à Casa Branca na disputa contra o republicano Donald Trump.

A fala aconteceu dias antes antes do ataque ao comício de Trump, que apesar de até o momento não ter influenciado nas intenções de voto, colocou o candidato republicano sob os holofotes na cobertura da corrida presidencial. 

*Com AFP

Edição: Leandro Melito