Guerra de narrativas

Irã nega envolvimento em complô para assassinar Trump que EUA teriam descoberto antes de ataque a comício

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Naser Kanani, afirmou que Teerã 'rejeita com veemência a acusação'

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Iranianos voltaram a prestar homenagens ao general Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, assassinado no dia 3 de janeiro de 2020. - Telesur

O Irã negou nesta quarta-feira (17) envolvimento em um complô para assassinar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O plano teria sido descoberto pelos Estados Unidos semanas atrás e não teria nenhuma ligação com o ataque a tiros do último sábado (13) durante o comício do candidato. 

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, afirmou que Teerã "rejeita com veemência qualquer envolvimento no recente ataque contra Trump" e chamou de "maliciosas" as acusações da imprensa estadunidense neste sentido, após o ataque no comício.

Segundo a rede de TV CNN, autoridades estadunidenses receberam informações sobre um complô de Teerã contra o ex-presidente, o que levou ao reforço da proteção de Trump. Outros veículos também reportaram o plano.

O Conselho de Segurança Nacional dos EUA informou que rastreia há anos "as ameaças iranianas contra ex-funcionários do governo Trump", uma vez que Teerã buscaria se vingar do assassinato do comandante da Guarda Revolucionária Qasem Soleimani, ocorrido durante a presidência de Trump em 2020. "Consideramos esse um tema de segurança nacional da mais alta prioridade."

O Serviço Secreto dos EUA, por sua vez, informou que recebe "constantemente novas informações sobre potenciais ameaças" e que toma medidas "para ajustar os recursos conforme necessário". A investigação sobre o ataque a tiros de sábado "não identificou vínculos entre o atirador e qualquer cúmplice", ressaltou. 

*Com AFP

Edição: Leandro Melito