2 x 1 MARROCOS

Após caso de racismo, hino da Argentina é vaiado na França em jogo polêmico

Jogadores da seleção principal do país haviam cantado música racista contra franceses depois do título da Copa América

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Momento em que o hino argentino foi vaiado na França - Reprodução/CazéTV

O hino da Argentina foi vaiado pelos franceses na estreia da seleção argentina no futebol masculino, nas Olimpíadas de Paris 2024. O jogo aconteceu em Saint-Éttiene na manhã desta quarta-feira (24), contra a seleção do Marrocos, e terminou em vitória marroquina por 2x1, numa partida polêmica. 

A vaia ao hino acontece após episódio de racismo dos argentinos direcionado aos franceses vir à público. No último dia 14, depois de a Argentina conquistar o seu 16º título da Copa América, os jogadores da seleção cantaram uma música racista, que ofendia jogadores negros da França. O incidente fez a Federação Francesa de Futebol denunciar a Argentina junto à Fifa e causou revolta entre vários esportistas.

O meia Enzo Fernandez, da Argentina, foi quem gravou a ofensa. Seus companheiros franceses no Chelsea, clube inglês, reagiram. O zagueiro Wesley Fofana condenou a atitude. “O futebol em 2024: racismo desinibido", declarou. Ato contínuo, os zagueiros Disasi, Badiashile e Sarr, o lateral-direito Malo Gusto, o volante Ugochukwu e o atacante Nkunku, todos franceses e negros, que também jogam no Chelsea, deixaram de seguir Enzo Fernandez nas redes sociais. 

Em 2022, Argentina e França se enfrentaram na final da Copa do Mundo de futebol. Ao final, os argentinos se sagraram campeões, após disputa por pênaltis.

Na estreia das duas seleções nas Olimpíadas 2024, o Marrocos abriu dois gols de vantagem, mas pareceu ceder o empate no último lance da partida, que teve 15 minutos de acréscimo. Após o gol, vários objetos foram arremessados no gramado e torcedores invadiram o campo do estádio Geoffroy-Guichard e a partida, interrompida. 

O jogo foi reiniciado cerca de uma hora depois para os últimos minutos do acréscimo

Edição: Rodrigo Durão Coelho