O Comitê Olímpico Palestino (COP) pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) a "imediata exclusão de Israel das Olímpíadas de Paris 2024". Os palestinos querem que a entidade aplique a Israel a mesma regra que foi utilizada para suspender a Rússia dos Jogos, a figura jurídica da "violação da trégua olímpica".
A trégua olímpica prevê a suspensão de conflitos armados durante os sete dias anteriores ao início dos Jogos Olímpicos e sete dias após o final dos Jogos Paralímpicos. A tradição iniciada nos Jogos da Grécia antiga prossegue até hoje e nas Olimpíadas de Paris, a trégua acontece de 19 de julho a 15 de setembro de 2024.
A violação da trégua olímpica em 2022 foi justificativa para o COI suspender Rússia e Belarus. Naquele ano, a pausa vigorou entre 4 de fevereiro e 20 de março para as Olimpíadas de Inverno de Pequim e, neste período, teve início o conflito na Ucrânia.
Como resultado, atletas dos dois países foram proibidos de atuar com seus símbolos nacionais. Apenas 15 esportistas russos vão competir em Paris, com uniformes, bandeira e hino neutros, definidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Os palestinos argumentam que a violação israelense da trégua pode ser atestada pelo massacre em curso na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 39 mil palestinos mortos, além de "assentamentos coloniais ilegais, ocupação e anexação". O pedido do COP foi feito também para a Fifa.
Recentemente, no entanto, o chefe do Comitê Olímpico Internacional e o presidente francês, Emmanuel Macron, rejeitaram a exigência palestina de que Israel fosse impedido de participar dos Jogos de Paris por causa do genocídio em Gaza. O pedido para isso foi feito pelo Irã, por causa do genocídio em Gaza.
Os esportistas de Israel "não merecem estar presentes nos Jogos Olímpicos de Paris devido à guerra contra os inocentes de Gaza", afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Irã.
Edição: Rodrigo Durão Coelho