O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou nesta sexta-feira (2) uma atualização dos resultados eleitorais que deram a reeleição ao presidente Nicolás Maduro. Segundo o órgão, o mandatário recebeu 6,4 milhões de votos (51,97%) contra 5,3 milhões (43,18%) do opositor Edmundo González Urrutia com 96,87% das urnas apuradas.
A atualização foi feita 5 dias depois do anúncio de um resultado irreversível pelo CNE. Ao todo, foram 12,4 milhões de votos válidos com 50 mil votos nulos. Isso representa 59% dos eleitores da Veneuzela. Ao todo 21,4 milhões de eleitores estavam registrados para votar em 28 de julho, sendo que 69 mil deles fora do país.
O presidente do CNE, Elvis Amoroso, reforçou a denúncia de um ataque hacker contra o sistema eleitoral venezuelano feita no dia das eleições. Ele afirmou que há "ataques informáticos massivos" vindos de diferentes partes do mundo contra a infraestrutura tecnológica do Poder Eleitoral. Isso teria atrasado a transmissão dos dados e a contabilização final dos resultados.
Ele também afirmou que há uma "agressão terrorista" que incluiu a "queima de escritórios regionais do CNE" e diferentes centros de votação.
A oposição da extrema direita questionou o resultado das eleições e disse ter mais de 70% das atas. Segundo a Plataforma Unitária, isso garantiria a vitória do candidato Edmundo González Urrutia. Antes mesmo da divulgação dos resultados, a ex-deputada ultraliberal María Corina Machado já havia dito que "González Urrutia teve 70% dos votos e Nicolás Maduro 30%”.
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Edição: Rodrigo Durão Coelho