As Forças Armadas da Ucrânia lançaram um massivo ataque em território russo na última terça-feira (6). Os bombardeios e combates na região fronteiriça continuaram durante esta quarta-feira (7) e levaram as autoridades russas a decretarem estado de emergência na região de Kursk para "eliminar as consequências da entrada" das Forças Armadas da Ucrânia.
Nos EUA, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse nesta quarta-feira (7) que o país vai pedir esclarecimentos para Kiev sobre o ataque em Kursk.
"Pretendemos contatar os nossos parceiros ucranianos para compreender melhor o que aconteceu", disse Kirby durante um briefing.
Ele também acrescentou que a posição de Washington em relação à utilização de armas estadunidenses pelas Forças Armadas da Ucrânia em território russo não mudou. Os EUA e outros países do Ocidente fornecem ajuda militar e financeira a Kiev sob a condição de que o uso dos armamentos ocidentais sejam somente para fins defensivos.
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O chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, informou nesta quarta-feira (7) que até mil soldados ucranianos participaram da incursão em Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia.
Durante reunião com o presidente Vladimir Putin, o militar afirmou que o avanço ucraniano "foi detido pela aviação e pela artilharia". Relatos dão conta de que três residentes foram mortos e 24 pessoas ficaram feridas, incluindo seis crianças.
"As ações das unidades que cobrem a fronteira do estado, juntamente com os guardas de fronteira e unidades de reforço, os ataques aéreos das forças de mísseis e o fogo de artilharia impediram o avanço do inimigo mais profundamente no território na direção de Kursk", disse o general do exército.
A Ucrânia, por sua vez, determinou nesta quarta-feira (7) a evacuação obrigatória de milhares de pessoas de uma zona fronteiriça que fica perto de Kursk. Segundo autoridades ucranianas locais, a medida inclui "cerca de 6 mil pessoas, entre elas, 425 crianças".
Edição: Rodrigo Durão Coelho