Em território russo

Região russa declara estado de emergência após invasão ucraniana

Ucrânia realizou massivo ataque na região fronteiriça de Kursk; local foi palco de bombardeios e intensos combates

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, realiza uma reunião com chefes de agências de aplicação da lei sobre a situação na região de Kursk, em 7 de agosto de 2024. - Aleksey Babushkin/POOL/AFP

As Forças Armadas da Ucrânia lançaram um massivo ataque em território russo na última terça-feira (6). Os bombardeios e combates na região fronteiriça continuaram durante esta quarta-feira (7) e levaram as autoridades russas a decretarem estado de emergência na região de Kursk para "eliminar as consequências da entrada" das Forças Armadas da Ucrânia.

Nos EUA, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse nesta quarta-feira (7) que o país vai pedir esclarecimentos para Kiev sobre o ataque em Kursk.

"Pretendemos contatar os nossos parceiros ucranianos para compreender melhor o que aconteceu", disse Kirby durante um briefing.

Ele também acrescentou que a posição de Washington em relação à utilização de armas estadunidenses pelas Forças Armadas da Ucrânia em território russo não mudou. Os EUA e outros países do Ocidente fornecem ajuda militar e financeira a Kiev sob a condição de que o uso dos armamentos ocidentais sejam somente para fins defensivos.

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O chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, informou nesta quarta-feira (7) que até mil soldados ucranianos participaram da incursão em Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia.  

Durante reunião com o presidente Vladimir Putin, o militar afirmou que o avanço ucraniano "foi detido pela aviação e pela artilharia". Relatos dão conta de que três residentes foram mortos e 24 pessoas ficaram feridas, incluindo seis crianças. 

"As ações das unidades que cobrem a fronteira do estado, juntamente com os guardas de fronteira e unidades de reforço, os ataques aéreos das forças de mísseis e o fogo de artilharia impediram o avanço do inimigo mais profundamente no território na direção de Kursk", disse o general do exército.

A Ucrânia, por sua vez, determinou nesta quarta-feira (7) a evacuação obrigatória de milhares de pessoas de uma zona fronteiriça que fica perto de Kursk. Segundo autoridades ucranianas locais, a medida inclui "cerca de 6 mil pessoas, entre elas, 425 crianças".

Edição: Rodrigo Durão Coelho