O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu sua equipe ministerial na manhã desta quinta-feira (8) no Palácio do Planalto para, segundo ele, “afinar a viola” e discutir as políticas públicas do governo.
"Vamos aqui afinar a viola nas coisas que temos que fazer. Todo mundo tem tarefa determinada, todo mundo tem seu PAC, sua função. Então, daqui para frente, o que temos que fazer é trabalhar cada vez mais, fazer cada vez mais o esforço, porque é importante vocês trabalharem com a ideia que a gente não pode terminar o mandato sendo apenas mais um governo", destacou.
O chefe do governo fez um balanço positivo do que vai de sua gestão à frente da Presidência da República e afirmou que não pensa em fazer trocas nos ministérios.
“Eu estou muito satisfeito com o trabalho até agora. Você vê que a imprensa não discute mais se vai trocar ministério. Não existe problema porque todo mundo agora sabe que quem troca sou eu, não é uma jornalista, que pode não gostar de um ministro, sou eu. Então como fui eu que indiquei, se eu tiver que trocar alguém, eu vou trocar. E quero dizer para vocês: não estou pensando nisso. Em time que está ganhando a gente não mexe”, garantiu.
O presidente afirmou que na pauta da reunião, está a busca por uma “solução pacífica” para a controvérsia em relação aos resultados eleitorais na Venezuela e o alinhamento dos ministérios para a construção da reunião do G20, que ocorre em novembro no Rio de Janeiro. E voltou a afirmar que a prioridade número um do seu governo deve ser o combate à pobreza e às desigualdades.
“Eu sempre fico imaginando quantos degraus na escala social o povo pobre vai assumir. Porque é isso que conta para quem governa. É saber se conseguiu valorizar aquelas pessoas que sempre foram esquecidas”, afirmou.
PEC da Segurança Pública na pauta
Durante a abertura da reunião ministerial, único momento que imprensa pôde acompanhar, o presidente Lula mencionou a reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e os demais ministros que já foram governadores de estados, para discutir o esboço da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que busca alterar o Artigo 144 da Carta para dar à União atribuições relativas à segurança pública no país. E fez uma defesa das alterações.
“É a gente valorizar os entes, definir o papel de cada um e o compromisso de cada um para que as coisas deem certo. A gente não pode brincar de fazer segurança pública. A gente sabe a dificuldade que é a segurança pública, a gente sabe a organização que está acontecendo no crime organizado nesse país e no mundo inteiro”, destacou.
“O que nós queremos é compartilhar. A gente não quer ter ingerência e nem quer mandar. A gente quer compartilhar ações conjuntas, com a definição concreta na Constituição do papel de cada um de nós”, afirmou, se antecipando a eventuais críticas em relação a uma possível invasão de competências.
Lula informou que ainda na tarde desta quinta-feira, o ministro Lewandowski deve se reunir com um grupo de governadores do sul e sudeste para apresentar algumas linhas da proposta.
Edição: Nathallia Fonseca