reforma agrária

Famílias do MST ocupam fazenda de 550 hectares, no Entorno do DF, oferecida como parte de negociação com o Incra

Acampamento foi batizado como "Miguel Caetano", em homenagem ao membro do MST assassinado em conflito na região em 2016

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Ocupação de fazenda localizada em Buritis (MG), no Entorno do DF, aconteceu na madrugada deste sábado (10) - Foto: MST

Cerca de 300 famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Distrito Federal e Entorno (MST-DFE) ocuparam, na madrugada deste sábado (10), a fazenda Gado Bravo, localizada no município de Buritis (MG), no Entorno do DF. 

A propriedade possui 550 hectares e foi oferecida ao MST como parte do processo de negociação com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), baseado no decreto 433, que prevê a aquisição de terras para fins de reforma agrária.

O novo acampamento foi batizado com o nome "Miguel Caetano", em homenagem ao membro do MST assassinado em um conflito na região em 2006. Segundo a organização, a ocupação simboliza "a continuidade da resistência e reforça a importância da reforma agrária neste território".


Acampamento foi batizado em homenagem a Miguel Caetano, membro do MST morto em conflito na região em 2006 / Foto: MST

O processo de vistoria agronômica já foi concluído e o acordo entre o Incra e o proprietário foi estabelecido. Agora, cabe ao órgão realizar a aquisição da fazenda e, assim, finalizar os trâmites necessários que darão mais segurança jurídica às famílias em busca do direito à terra.

Segundo as direções regionais do MST no noroeste mineiro e no Distrito Federal e Entorno, a ocupação visa responder à demanda das famílias sem terra organizadas na região e reposicionar a reforma agrária no centro da agenda política.

"É crucial destacar que ainda há milhares de famílias vivendo em acampamentos na região. Portanto, é necessário que o governo federal se mobilize, e fazendo as movimentações necessárias para avançar na criação de novos assentamentos e atender a essas demandas urgentes", cobram. 

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Márcia Silva