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Silvero Pereira: 'Sou de uma geração que diz que a gente não precisa ficar no Sudeste'

Artista está em cartaz em SP com peça de tom autobiográfico sobre LGBTfobia na infância dentro do ambiente familiar

Ouça o áudio:

Pequeno Monstro tem temporada no Itaú Cultural até domingo, dia 18 - Tainá Cavalcante
Eu também sou um Belchior

Inspirado em um conto de Caio Fernando de Abreu de mesmo nome, Silvero Pereira está em cartaz, em São Paulo (SP), com a peça Pequeno Monstro, uma denúncia, com tom autobiógrafico, sobre a violência contra população LGBTQIA+, especialmente na infância e dentro da própria família. 

Em breve o ator começará a gravar uma nova novela pela Rede Globo, no Rio de Janeiro (RJ). Mas, entre uma coisa e outra, Pereira não vai ficar pela região Sudeste do país.  

"Eu sou de uma outra geração que diz que a gente não precisa ficar aqui no Sudeste", comenta o artista, em entrevista ao programa Bem Viver desta quarta-feira (14). 

"Eu ainda sou uma pessoa que tenho a minha casa em Fortaleza, a minha residência é Fortaleza. Eu trabalho no Rio e São Paulo. Passo bom tempo do meu trabalho gravando no Rio e São Paulo, mas a minha casa, o meu lugar, o meu afeto, o meu espaço continua sendo a minha cidade, o meu Ceará, a minha Fortaleza. E isso é muito importante para essas novas gerações que me vêm circulando pela minha cidade."

Pereira comenta que essa constatação é aguçada pela tecnologia que permite realizar trabalhos de forma virtual, mas também vem de uma influência anterior ao próprio artista. 

"Belchior me atravessa, principalmente porque é um cara que lutou sobre isso que eu acredito até hoje. É um rapaz latino-americano saindo do interior pra viver de arte que sofreu muita xenofobia", comenta o artista, que lançou neste ano um álbum interpretando o cantor conterrâneo. 

O espetáculo Pequeno Monstro tem direção de Andreia Pires e segue em cartaz até domingo (18). As entradas são gratuitas, porém, já esgotaram. No entanto, isso não impede que o público tente garantir um ingresso no dia da apresentação, uma hora antes do início do evento. Os ingressos remanescentes serão distribuídos por ordem de chegada.  

"Pequeno Monstro, é um resgate sobre a minha história, sobre a minha origem. Eu começo a retornar pra minha cidade Mombaça, que é uma cidade no sertão central do Ceará, de 60 mil habitantes, e eu saí dessa cidade muito jovem, com 13 anos, exatamente porque eu não me identificava naquele lugar", explica Pereira. 

Segundo ele, esse reencontro com sua história se mostrou uma dualidade extrema. Ao mesmo tempo que foi fundamental para ele se reconhecer, descobrir suas origens étnicas, Pereira comenta que também foi um encontro com todas as violências que sofreu quando pequeno.  

"Você imagina dizer para uma criança que tem 7 ou 8 anos de idade, que não tem a menor noção ainda do que é vivência, do que é sociedade, do que é comportamento, e você chegar pra ela e começar a falar que ela é viadinho, que ela é gay, que ela é bicha, que ela é anormal, que ela é monstruosa, que ela não faz parte desse mundo." 

Confira a entrevista na íntegra 

Você está voltando aos palcos depois de 12 anos. Neste meio tempo você lançou um álbum interpretando Belchior, participou de novelas, se consagrou no cinema... Como é para você circular nessas diferentes expressões artísticas?

Eu sempre gostei desse lugar da hibridação de linguagens. O teatro, para mim, sempre foi muito importante. Eu fui criado dentro do teatro, como essa pessoa que tinha que beber de todas as outras influências. Eu sempre construí os meus personagens a partir de referências cinematográficas, da televisão também.  

Eu tenho uma coisa da música dentro das minhas peças, que tem muito do Bertolt Brecht. Ele já usava das canções para fazer da música um lugar de dramaturgia também, continuação de texto e não só uma trilha sonora, mas, sim, para continuar falando sobre o assunto que ele quer demonstrar no espetáculo, no texto, na peça dele.  

Eu confesso que eu nunca me vi dentro deles [dos diferentes formatos artísticos], assim, separadamente. Eu fui para o Sudeste na tentativa de mostrar o meu trabalho lá do Nordeste, chegando com a minha peça de teatro, fazendo temporada.  

E, de repente, uma produtora e um autora, Gloria Pérez, me viram assistindo ao meu espetáculo, me chamaram para fazer a primeira novela em 2017, que foi A Força do Querer.

E, de lá para cá, nesses últimos sete anos, eu fui engolido por esse universo do audiovisual.  

Chegou um momento que eu falei: "pô, acho que agora eu preciso começar a estudar música". E aí eu comecei de fato a ter aulas de música, procurar um professor para entender o meu timbre, quais são as músicas que eu posso [cantar], quais não, qual é o meu alcance vocal, matematicamente, científicamente, como funciona a minha voz. Nos últimos quatro anos eu venho estudando isso.  

Como foi o seu processo de migração do Nordeste ao Sudeste?

Eu sou de uma outra geração que diz que a gente não precisa ficar aqui no Sudeste. Eu sou de uma geração que fala sobre a questão de que o mundo hoje está tão pulverizado e tão plural, as distâncias estão tão menores. 

A geração que veio antes da minha dizia que para ser artista é preciso se mudar para o Rio e São Paulo e viver no Rio e São Paulo para ser reconhecido como artista.  

Eu sou de uma geração que diz: 'não, para ser artista eu posso continuar vivendo aqui'.  

Então eu ainda sou uma pessoa que tenho a minha casa em Fortaleza, a minha residência é Fortaleza. Eu trabalho no Rio e São Paulo, eu passo bom tempo do meu trabalho gravando no Rio e São Paulo, mas a minha casa, o meu lugar, o meu afeto, o meu espaço continua sendo a minha cidade, o meu Ceará, a minha Fortaleza.  

E isso é muito importante para essas novas gerações que me vêm circulando pela minha cidade. 

A gente tem visto isso acontecer não só eu, como a própria Marcélia Cartaxo, que é uma atriz fantástica paraibana que ainda hoje vive em Cajazeiras, e Irandhir Santos, que ainda hoje mora em Recife.

Você comenta na peça que seu avô foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mombaça. Como foi essa descoberta?

Isso é muito especial pra mim, porque a premissa desse trabalho, desse espetáculo Pequeno Monstro, é um resgate sobre a minha história, sobre a minha origem.  

Eu começo a retornar para a minha cidade Mombaça, que é uma cidade no sertão central do Ceará, de 60 mil habitantes, e eu saí dessa cidade muito jovem, com 13 anos, exatamente porque eu não me identificava naquele lugar. 

É um lugar que eu já entendia desde pequeno que, se eu permanecesse ali, eu não iria realizar os meus sonhos, não iria me tornar o artista, a pessoa que eu sou hoje, exatamente por conta das adversidades políticas, educacionais, sociais que existiam naquela época, na década de 90.  

A gente tá falando aqui da década de 90, onde eu passei por todas essas questões de estereótipos, caricaturas que se falam de Nordeste. 

Para mim, isso não é alheio a quem eu sou, isso é real. Eu convivi com a fome, com a sede, com a falta de água potável, de ir atrás das cacimbas a 10, 15 quilômetros de distância, carregando balde de lata na cabeça, nos ombros. 

Quando eu reconheço esse lugar e eu volto pra minha cidade e começo a questionar os meus pais sobre quem somos, qual é a nossa família, de onde vem os meus avós?  

E aí eu descubro que eu tenho duas avós indígenas, uma manauara e outra cariri, que é do sul do Ceará, e a outra vinda de Manaus. 

Aí eu descubro que eu tenho um avô preto retinto e que ele foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mombaça, reconhecido em toda a cidade, toda a região. Para mim, isso é de uma grandiosidade absurda.  

Ao entender essa minha origem, essa minha história, eu reconheço o meu cabelo, as minhas feições, os meus traços, o meu lábio grosso, o meu nariz afilado, sabe?  

A partir do momento em que a gente tem essa base estabelecida, a gente consegue, de fato, alcançar mais objetivos, porque você se sente mais empoderado, mais poderoso, mais, de fato, dono de si, porque você carrega essa história.  

Eu lembro claramente, quando eu era criança, de ter esses momentos de ir até o sindicato pra ver meu avô e ver todo esse movimento acontecendo lá. As pessoas ali reunidas para falar com ele para trazerem as suas demandas de terra, a sua demanda de roça.  

Meu pai, além de pedreiro, é da roça. Meu pai é um homem que, ainda hoje, a grande conquista dele é ter um pedacinho de chão para plantar, vir a chuva e ele poder colher o feijão, o milho. Então isso faz parte de mim.  

O terreno é um lugar de sobrevivência, não é um lugar de posse para essas pessoas, para nós. É um lugar de sobrevivência, é ali que a gente planta para colher e cozinhar a nossa própria comida, não necessariamente para vender e não necessariamente para ter um espaço e se dizer dono de algum território. 

Você traz de forma emocionada toda essa conexão familiar. Ao mesmo tempo, sua peça é uma denúncia de toda violência vivida dentro da sua própria família. Sabemos que isso não é uma realidade só sua. Como é que a gente consegue encontrar esse equilíbrio de manter os laços familiares, mas convivendo com tanto desrespeito?

Eu acho que a grande dificuldade que a gente tem hoje é de reconhecer semelhantes. 

Quando eu faço essa peça, não é uma peça só sobre o Silvero. Quando eu faço uma denúncia familiar, não é sobre a família do Silvero especificamente. Eu estou falando sobre todas as famílias da nossa sociedade. 

Todo mundo tem alguém que já passou por uma violência familiar, seja dentro da própria família, seja do sobrinho, seja do tio,  do vizinho, da rua do lado. 

A peça tem uma metáfora que é puxada do Caio Fernando de Abreu, esse grande autor gaúcho que traz o título da peça. Pequeno Monstro é um título de um conto do Caio, mas, no final da peça, eu uso um outro conto do Caio chamado O Ovo, em que ele fala sobre uma parede branca. 

E essa parede branca as pessoas enxergam, mas elas preferem dizer que não. Então é essa a sociedade que a gente vive hoje. Todo mundo sabe que existe uma violência acontecendo, todo mundo sabe o que está debaixo do seu nariz, na frente dos seus olhos, mas a gente prefere passar por cima.  

A gente prefere fazer de conta que isso não está acontecendo e seguir a vida normalmente. Então, eu acho que um dos motivos que a gente pode ter para solucionar é a identificação, uma coisa que a rede social traz muito hoje como benefício.

Se a gente falar sobre representatividade, a gente tem representatividade hoje em todas as áreas. Eu, como uma pessoa LGBTQIAPN+, consigo ter o meu lugar de representação na política, no judiciário, nas artes, na pedagogia, na medicina, eu consigo ter em todos os lugares.

O que a gente ainda não tem é proporcionalidade, a gente ainda não tem um grande número, na mesma quantidade ou, pelo menos, numa quantidade equiparada à quantidade de pessoas cis, héteros, normativas na nossa sociedade.  

Então, quando a gente abre a boca para falar, a gente está dizendo para as outras pessoas: "vocês não estão sozinhos, nós também estamos passando pela mesma situação."  

Sua peça traz mudanças abruptas de humor. Em um momento, está todo mundo rindo das suas piadas e, logo em seguida, o clima se transforma em algo denso, violento e até assustador. É uma metáfora sobre essas "piadas" disfarçadas de preconceito tão comuns na sociedade?

Exatamente. O ápice da violência, do assassinato, da crueldade, está nessa peça para dizer que isso vem a partir de microviolências. E essas microviolências são justamente o simples fato de dizer uma palavra que possa ser ofensiva. 

Você imagina dizer para uma criança que tem 7 ou 8 anos de idade, que não tem a menor noção ainda do que é vivência, do que é sociedade, do que é comportamento, e você chegar para ela e começar a falar que ela é viadinho, que ela é gay, que ela é bicha, que ela é anormal, que ela é monstruosa, que ela não faz parte desse mundo. 

Você está sendo violento com essa pessoa. Aparentemente parece só algo muito engraçado, você não sabe onde isso afeta o outro, você não sabe o quão isso pode ser doloroso, traumatizante para aquela pessoa 

Fala mais sobre o álbum Silvero interpreta Belchior.

Eu tenho muito carinho por esse álbum, primeiro, porque é uma referência para o meu pai. Ele que me ensina a ouvir Belchior, não só Belchior como o Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Reginaldo Rossi. 

Eu era uma criança quando ouvi junto com meu pai, então, eu não tinha passado por questões políticas, amorosas, eu não tinha passado por nenhuma traição, eu não tinha nem votado ainda, eu não tinha entrado no grêmio escolar. Eu não sabia sobre o que esse homem falava, eu só sabia que era uma coisa de que meu pai gostava. 

Então nos últimos dez anos eu voltei a ouvir Belchior e aí eu fui passando por tudo isso agora, sendo uma pessoa politizada, uma pessoa que já amou, que já casou, que já traiu, que já foi traído, tenho uma outra referência, é muito diferente. 

Belchior me atravessa, principalmente, porque é um cara que lutou sobre isso que a gente está falando desde o início. É um rapaz latino-americano saindo do interior para viver de arte que sofreu muita xenofobia.  

Muitas das músicas do Belchior estão falando sobre xenofobia. Fotografia 3x4, por exemplo, é uma das mais diretas onde ele diz claramente: "eu cheguei nessa cidade, riram do meu nome, riram da minha cidade, O Veloso, o sol não nasce pra todo mundo". 

Ele faz uma crítica severa com essa canção, é quase uma dramaturgia.  

Esse álbum é sobre uma homenagem para o meu pai e, principalmente, mais uma vez, falando desses jovens latinos-americanos vindos do interior do Nordeste que tentam vencer a vida através da arte, que é como eu me identifico. Eu também sou um Belchior. 

O que você acha que Belchior diria sobre esse álbum?

Eu só queria que aquele dissesse: "que bom que você entendeu sobre o que eu falo e que bom que você continua tentando fazer as pessoas entenderem e refletirem sobre isso". 


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Edição: Martina Medina