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'Somos muito bons nos jogos olímpicos, mas excelentes nos paralímpicos', diz Sophia Kelmer, atleta estreante de 16 anos

BdF conversou com atletas, que já estão em Paris, sobre expectativa dos Jogos e frustação pela falta de visibilidade

Ouça o áudio:

Kelmer durante Jogos Parapanamericanos de Jovens Bogotá, no ano passado, quando foi medalhista de ouro - Wander Roberto/CPB
População ainda não entendeu que somos uma potência paralímpica

Os 279 atletas brasileiros já começaram a desembarcar em Paris. As Paraolimpíadas começam no dia 28 de agosto, nossa delegação estará presente em 20 modalidades e pode, este ano, superar as duas últimas edições, quando alcançou 72 medalhas no quadro geral.  

A equipe do Brasil conta com veteranos e estreantes. Entre os que representam o país pela primeira vez, está a mesatenista Sophia Kelmer, de 16 anos. Nascida em dezembro de 2007, ela já foi medalhista nos Jogos Parapanamericanos de Santiago 2023, tanto na categoria individual, como em dupla, conquistando o bronze nas duas modalidades. Na edição voltada apenas para jovens, também realizado no ano passado, em Bogotá, ela foi ouro.

Já em solo francês, a atleta comentou a emoção de participar do primeiro evento esportivo mundial.  

“As expectativas são as melhores. Eu sou novata, então sempre procuro aprender, ter experiências comas pessoas que já foram, com meus colegas. Então estou muito feliz em participar do maior evento esportivo do mundo”, afirmou em entrevista ao programa Bem Viver desta sexta-feira (16).  

Com o dobro da idade da mesatenista, Suellen Lima, jogadora de vôlei sentado, está confiante que a seleção brasileira está preparada, embora reconheça que as adversárias também estão no mesmo nível.

"Sabemos que não será fácil. As equipes estão muito parelhas. Mas, se conseguirmos jogar como a gente vem treinando, vamos alcançar nosso objetivo”, comentou a atleta que participou da primeira medalha do Brasil na modalidade, nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016, no Rio de Janeiro. 

Dois pesos, duas medidas

O Brasil fechou as Olimpíadas deste ano na 20º posição, conquistando 20 medalhas, o terceiro melhor desempenho do nosso país na história dos Jogos. 

Embora nosso país tenha um histórico de melhor desempenho nas Paraolimpíadas, as atletas entrevistas pelo Brasil de Fato lamentam que esses resultados não se convertam em visibilidade para o esporte e também para a luta anticapacisista. 

“A gente vê muito se falar das Olimpíadas, do pessoal que tava aqui antes da gente, só que não tem muita mídia no paraolímpico. Acho que a população ainda não entendeu que somos uma grande potência paraolímpica. E acho que isso precisa mudar para que novos talentos possam surgir”, comenta Kelmer. 

“A gente é muito bom nos jogos olímpicos, mas somos excelentes nos paralímpicos”, afirma a mesatenista. 

Nascida na Argentina, a atleta de remo Alina Dumas compartilha da mesma opinião.

"As Paraolimpíadas ajudam a combater os comentários capacitistas, mas seria bom se tivesse mais visibilidade. Os jogos olímpicos passam na televisão, que nem sempre é o mesmo caso dos paraolímpicos".

Dumas viveu apenas três anos na Argentina e depois veio para o Brasil, onde começou a praticar o esporte. Atualmente ela é atleta do Corinthians. 

“A nossa expectativa é ir para a final. Chegando lá a gente vê o que o barco consegue”, compartilha a atleta.  

A respeito do alto desempenho do Brasil nas paraolimpíadas, as atletas atribuem aos esforços e preparação do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). 

“É por conta da infraestrutura que a gente tem. O CPB faz de tudo para que os atletas se sintam confortáveis. Isso eu não me canso de falar: tem comida brasileira na França! A gente tem toda a estrutura que precisa, academia, treino, fisioterapia. Isso vem fazendo a gente crescer gradativamente”, comenta Kelmer.

A jogadora de vôlei sentando concorda e destaca a qualidade dos atletas brasileiros: “A gente tem muito talento. Além disso, temos a estrutura que o Centro de Treinamento Paralímpico oferece aos atletas, bem como os investimentos que crescem a cada ciclo”. 


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Edição: Nathallia Fonseca