investigação

PF indicia Anderson Torres e Silvinei Vasques por bloquear estradas e impedir deslocamento de eleitores de Lula no 2º turno em 2022

Outros quatro policiais federais, à época cedidos ao Ministério da Justiça, também foram indiciados

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Torres está entre os acusados de tentar impedir trânsito de eleitores - Wilson Dias/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta sexta-feira (16), o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, por impedir o deslocamento de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região Nordeste para os locais de votação no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Outros quatro policiais federais, à época cedidos ao Ministério da Justiça, também foram indiciados: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar. Segundo a PF, há indícios de que eles atuaram naquele dia para impedir o deslocamento dos eleitores.

No dia do segundo turno, 30 de outubro de 2022, estradas foram bloqueadas pela PRF para supostas fiscalizações dos ônibus que transportavam eleitores. As vias só foram liberadas após intervenção de Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

A PF também pediu ao STF mais tempo para investigação antes de apresentar o relatório final.

Sob o comando de Vasques, a PRF realizou cerca de 500 operações rodoviárias, com bloqueio de estradas na data do segundo turno de 2022. Os bloqueios se deram principalmente no Nordeste, onde Lula havia angariado mais votos do que o então presidente Jair Bolsonaro no primeiro turno.  

Edição: Martina Medina