Educação

Parlamentares criticam medidas de Zema e criam frente em defesa das escolas públicas em Minas Gerais

Iniciativa quer fortalecer ensino gratuito e de qualidade no estado

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |

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Frente parlamentar pretende pautar discussão na educação nos próximos dois anos - Willian Dias/Almg

A Frente de Defesa da Escola Pública em Minas Gerais, foi lançada na última semana na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) com o objetivo de fortalecer e valorizar a educação pública no estado. Segundo os parlamentares que compõem o grupo, a área vem sendo constantemente sucateada pelo governo de Romeu Zema (Novo). 

Ana Paula Siqueira (Rede), Andreia de Jesus (PT), Beatriz Cerqueira (PT), Bella Gonçalves (Psol), Betão (PT), Leleco Pimentel (PT), Leninha (PT), Lohanna França (PV), Macaé Evaristo (PT), Professor Cleiton (PV) e a deputada federal Célia Xakriabá (Psol) integram a iniciativa. 

Entre as medidas adotadas pelo governador criticadas pelos parlamentares destacam-se o fechamento de escolas, a falta de recursos para a educação pública, a tentativa de "compartilhar" a gestão do ensino público com Organizações da Sociedade Civil (OSCs) por meio do Projeto Somar e o abandono da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). 

Professores, estudantes, sindicalistas, representantes de movimentos sociais e membros da sociedade civil também fazem parte da frente, que elencou entre as suas primeiras ações a criação de grupos de trabalho (GTs), com objetivo de fazer proposições sobre temas relacionados aos ensinos básico, fundamental e superior, além da carreira docente. 

Nos encontros dos GTs, pautas como a educação da população prisional e a inclusão de pessoas com deficiência, da população LGBTI+, de indígenas e de outros grupos serão tema de atenção. As propostas serão utilizadas pelo grupo para a construção da pauta do Legislativo nos próximos dois anos. 

Primeira reunião

Mais de 100 pessoas estiveram presentes na primeira reunião do grupo, que aconteceu na terça-feira (13). O grupo apontou problemas em diversos setores da educação. Representantes indígenas e do movimento sem terra denunciaram o descaso governamental com as escolas indígenas e nos municípios do interior, que vêm sofrendo com o abandono e a desvalorização do governo. 

Mães de alunos apontaram que as políticas de Zema, além de levarem ao fechamento de escolas, afastam estudantes de baixa renda, que precisam conciliar o estudo com o trabalho.

A deputada Macaé Evaristo (PT) afirmou a importância da frente e do envolvimento da sociedade na discussão e na defesa do ensino público. 

"Precisamos que essa frente tenha institucionalidade e participação popular", disse a deputada. 

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Ana Carolina Vasconcelos