Ao pousar na França, em um aeroporto nos arredores de Paris, o dono do Telegram, Pavel Durov, foi preso pela polícia do país na noite deste sábado (24). O fundador do aplicativo de mensagem é acusado de não colaborar com a justiça francesa a respeito de investigações sobre tráfico de drogas, crimes de pedofilia e fraude, entre outros.
Pavel Durov é russo, mas não vive no país há 10 anos por ter se recusado a atender medidas judicias. Atualmente, a sede do Telegram fica em Dubai, nos Emirados Árabes e Dúrov estava vindo do Azerbaijão quando foi preso.
No Brasil, o dono do Telegram também acumula embates e sanções movidas pela Justiça Federal. A mais recente foi em abril do ano passado, quando o aplicativo passou mais de uma semana suspenso, depois que a empresa deixou de entregar dados sobre grupos neonazistas que utilizam o serviço de mensagens.
Casos semelhantes se repetiram no período eleitoral de 2022, com ações protagonizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Desde que foi detido, neste sábado, autoridades e personalidades vêm se manifestando. A embaixada russa na França exigiu explicações dos motivos que levaram a detenção de Pavel Durov.
O dono do Telegram recebeu apoio de Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), que postou uma mensagem em sua rede social pedindo a liberdade de Durov.
Em Moscou, russos foram até a embaixada da França e deixaram aviões de papel, símbolo do aplicativo.
Edição: Douglas Matos