Aumento de queimadas

DF segue encoberto por fumaça; confira orientações de saúde

Nuvem de fumaça que cobriu DF é proveniente de queimadas ocorridas em outros estados, informa Inmet

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Orientação para este período de baixa umidade e comprometimento da qualidade do ar é evitar atividade física - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta segunda-feira (26), o céu de Brasília amanheceu encoberto de névoa pelo segundo dia consecutivo. Com início neste domingo (25), as nuvens de fumaça que cobriu o DF são provenientes de queimadas ocorridas em outros estados que, devido às circulações de ventos, chegaram na região central do país, concentrando partículas de fuligem na atmosfera do local, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O cenário na capital federal é a junção do acúmulo de fumaça produzida pelas queimadas no estado de São Paulo e a seca que tradicionalmente ocorre na região do Cerrado nesta época do ano. Em SP, conforme o monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil, atualmente, são 17 cidades que enfrentam focos ativos de incêndio. Ao todo, são 36 cidades que estão sendo monitoradas e estão em alerta máximo para queimadas.

Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) informa que, nas últimas 24h, as equipes de combate a incêndios florestais atenderam 93 ocorrências, mantendo sob controle as queimas no DF. O órgão orienta que, para este período de baixa umidade e comprometimento do ar atmosférico, é preciso evitar atividade física, fazer hidratação contínua ao longo do dia e manter o ambiente familiar umedecido com toalhas molhadas.

O Inmet também alerta para baixa umidade, variando entre 30% e 20% nesta segunda-feira. Para toda semana, a variação de umidade mínima é de 25% a 20%.

Cuidados

O Ministério da Saúde informa que, além dos esforços de combate ao fogo, é fundamental que a população seja orientada sobre como se proteger, evitando, dentro do possível a exposição aos poluentes. Entre as recomendações, a pasta sugere que a população aumente a ingestão de água e líquidos que ajudem a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas.

Além disso, o Ministério da Saúde também recomenda:

  • Reduzir ao máximo o tempo de exposição, permanecendo dentro de casa, em local ventilado, com ar-condicionado ou purificadores de ar;

  • As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;

  • Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;

  • Uso de máscaras do tipo "cirúrgica", pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. Enquanto o uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população;

  • Crianças menores de cinco anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentas a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.

Para pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, a pasta recomenda que busquem atendimento médico para atualizar o plano de tratamento; manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crise aguda; buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises, além de avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.

Aulas no DF

O deputado distrital Gabriel Magno (PT) informou, nas redes sociais, que foi protocolado um ofício junto à Secretaria de Educação (SEE-DF) exigindo ações imediatas para proteger a saúde e o bem-estar dos estudantes diante da situação de poluição do ar que tem se intensificado nos últimos dias, resultado da combinação de queimadas em áreas próximas, aliada a condições climáticas de tempo seco e baixa umidade.

Segundo o parlamentar, no ambiente escolar, a falta de investimentos submete trabalhadores e estudantes a condições precárias que podem acentuar o sofrimento com essa situação. "A superlotação das salas de aula, a falta de manutenção e de aquisição de bebedouros, as quadras poliesportivas sem cobertura, a falta de ventilação adequada que dificulta a circulação de ar são alguns dos problemas enfrentados na rede pública de ensino", escreve.

Já segundo a Defesa Civil, por enquanto, o sistema mantém o nível e alerta na cor laranja, o que permite que as atividades nas escolas continuem normalmente, mas com monitoramento constante, como informado. Se o alerta passar para o nível vermelho, as aulas serão imediatamente suspensas.

Nas redes sociais, o órgão ainda afirmou que uma das orientações da Defesa Civil é evitar realizar atividades físicas ao ar livre, principalmente, entre 10h e 16h. Por isso, as atividades nos Centro Olímpico e Paralímpico foram suspensas nesta segunda-feira. Caso as condições climáticas se mantenham, a medida deve ser estendida para os próximos dias.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino