Elon Musk publicou ofensas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ataque ocorreu após a mais alta Corte brasileira ter determinado nesta quinta-feira (29) o bloqueio das contas bancárias da empresa Starlink para quitar multas de outra companhia do bilionário, o X, por não acatar ordens judiciais.
"O tirano Alexandre é o ditador do Brasil e Lula, seu cãozinho", escreveu Musk, o homem mais rico do mundo, em sua conta oficial.
The tyrant, @Alexandre, is dictator of Brazil. Lula is his lapdog. https://t.co/svONz3iv5S
— Elon Musk (@elonmusk) August 29, 2024
A empresa que oferece serviços de internet Starlink - conhecida por fornecer conexão a garimpeiros que atuam ilegalmente na Amazônia - também pertence a ele. Em abril o STF multou o X em R$ 700 mil por não remover publicações ofensivaS ao presidente da Câmara, Arthur Lira. Musk disse que não cumpriria decisões que representassem "censura" e rotulou Moraes de Darth Vader, o vilão da série de filmes Guerra nas Estrelas. O incidente levou à sua inclusão no inquérito que apura as milícias digitais.
No dia anterior, quarta-feira (28) Moraes havia dado 24h para que o X nomeasse um representante no Brasil sob risco de ver a rede suspensa no país. A decisão do ministro foi tomada com base no Marco Civil da internet, que determina que todas as companhias tenham representação no país como requisito para operarem.
Isso porque, dias antes, em 17 de agosto, Musk havia fechado escritórios e demitido seus funcionários em território brasileiro alegando censura. Com fortuna estimada em US$ 250 bilhões (cerca de R$ 1,3 trilhão), Musk costuma apoiar políticos de extrema direita, como Donald Trump nos EUA.
No último período, vem crescendo a pressão para responsabilizar Musk por interferir na política de vários países. O sul-africano de cidadania estadunidense já sugeriu um golpe de Estado na Bolívia, foi acusado de interferir nas eleições presidenciais de 2024 na Venezuela e disse que uma guerra civil no Reino Unido seria inevitável.
Edição: Rodrigo Durão Coelho